Artigo 78 - A Questão Palestino Israelense - Um Conflito Histórico que Envolve um Único Território
Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt
A Questão Palestino Israelense
Um Conflito Histórico que Envolve um Único Território
As origens do conflito remontam ao final do século XIX e início do século XX, marcadas pelo surgimento do sionismo, um movimento que advogava pelo estabelecimento de uma pátria judaica na Palestina histórica e pelas subsequentes ondas de imigração judaica para a região. Um fato que simultaneamente, emergiu o nacionalismo árabe, levando a tensões sobre aspirações nacionais concorrentes e propriedade da terra.
A criação de Israel e o deslocamento Palestino é um ponto crucial para o início dos conflitos na terra santa. A culminação dessas tensões ocorreu em 1948, com a declaração do Estado de Israel, resultando na Guerra Árabe-Israelense e no deslocamento de centenas de milhares de palestinos, evento conhecido como Nakba, ou "catástrofe". Este êxodo em massa criou uma população refugiada palestina que permanece sem solução até hoje, alimentando ressentimentos e queixas contra Israel.
O conflito Israelense-Palestino é uma questão multifacetada caracterizada por uma longa história de disputas territoriais, tensões políticas e crises humanitárias. E examinando as raízes do conflito, o papel de atores-chave como Israel, Palestina, Hamas e a comunidade internacional promoveu um imenso impacto devastador nas vidas dos civis, especialmente aqueles que residem pacificamente na Faixa de Gaza.
A Faixa de Gaza é considerada atualmente por muitos especialistas em políticas de conflitos internacionais, intelectuais, pesquisadores, historiadores, governantes e pela maioria da comunidade internacional como sendo “a maior prisão a céu aberto do mundo”. Uma nova Auschwitz no coração da terra santa.
Este controle à Faixa de Gaza e ao povo Palestino pelo Estado Israelenses é vista como uma tática de guerra que visa a desumanização de um povo, seguida de um extermínio em massa de seus cidadãos.
E que a verdade seja dita e divulgada pelos quatros cantos da terra. O que estar em curso na Faixa de Gaza é um verdadeiro genocídio. E o que é pior. Este acontecimento está sendo televisionado e transmitido em tempo real para todo os cidadãos do planeta.
A Faixa de Gaza é em sua essência um novo campo de concentração, uma nova Auschwitz, uma nova, aperfeiçoada e preparada câmera de gás, um novo campo de fuzilamento, um novo campo de extermínio em massa instalado sobre a terra.
A verdade é que existem resquícios de práticas nazifascistas promovendo genocídios autorizados pelo Estado de Israel. Usados como discursos de retaliações, proteção e de defesas contra o grupo terrorista Hamas na guerra Israelense. Trata-se novamente de uma nova implantação do terror nazifascista em nosso tempo contemporâneo no regime de guerras.
O Estado de Israel também explora o fenômeno do antissemitismo e do sionismo para a autodefesa de seus territórios. Mas o que se ver é um novo conceito de apartheid inferido nos territórios ocupados e os paralelos estabelecidos entre as táticas israelenses e atrocidades históricas.
Além disso, discute-se a influência de regimes fascistas, nazistas, ditatoriais e totalitários na dinâmica do conflito, assim como os desafios apresentados pela liderança política, expressados pela figura do primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu.
A questão Israelense-Palestina é um dos conflitos mais complexos, controversos e duradouros da história contemporânea, permeado por uma série de elementos que vão desde disputas territoriais até questões religiosas e políticas.
Neste contexto, é essencial abordar cada tema com cuidado e análise crítica, a fim de compreender a natureza multifacetada desse embate. O que em um aspecto generalista não se pode justificar o uso de conflitos, guerras e de genocídios em massa contra um povo.
Inicialmente, é crucial examinar a raiz do conflito entre Palestinos e Israelenses, que remonta décadas e está intimamente ligada à disputa pela terra e ao desejo de autodeterminação de ambos os povos.
Uma das facetas mais controversas desse conflito é a presença do Hamas, um grupo considerado por muitos como uma organização terrorista. (O que de fato é em sua essência, construção e organização social). E que tem lançado ataques contra alvos israelenses e controla a Faixa de Gaza desde 2007.
Isso tem levado a uma resposta militar por parte de Israel, o que, por sua vez, tem sido criticado internacionalmente por resultar em um número significativo de vítimas civis. O excesso desproporcional da força militar de Israel contra a população Palestina é algo que também tem sido questionado pela comunidade religiosa internacional.
Os territórios ocupados e as alegações de Apartheid inferidos ao povo Palestino são algumas das práticas de dominação proferidas pelo Estado Israelense. O que ficou mais evidenciado após a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, territórios reconhecidos internacionalmente como terras palestinas.
E ao longo das décadas, as políticas de Israel nesses territórios ocupados, incluindo a expansão dos assentamentos, a confiscação de terras e a construção de uma barreira de separação, têm gerado acusações de um intermitente apartheid e discriminação sistemática contra os palestinos.
A Faixa de Gaza é sem dúvida alguma um enclave densamente povoado sob bloqueio israelense desde 2007, e isto tem sido um ponto focal do conflito, com o grupo militante Hamas controlando o território.
Israel justifica seu bloqueio como uma medida de segurança para impedir que o Hamas adquira armas e lance ataques. No entanto, críticos argumentam que isso criou uma crise humanitária, tornando a Faixa de Gaza numa enorme prisão a céu aberto para os Palestinos.
Os esforços para resolver o conflito Israelense-Palestino têm sido numerosos, incluindo iniciativas diplomáticas, conversações de paz e resoluções da ONU. Mas uma solução duradoura tem permanecido elusiva, prejudicada por desconfiança arraigada, narrativas concorrentes e complexidades geopolíticas.
O papel de atores externos, incluindo os Estados Unidos, União Europeia e estados árabes vizinhos, tem sido fundamental, mas muitas vezes envolto em interesses concorrentes e lutas de poder.
Além disso, o antissemitismo e o sionismo desempenham papéis importantes na dinâmica do conflito. O antissemitismo, que é o preconceito e a discriminação contra os judeus, é um fenômeno que persiste há séculos e tem influenciado atitudes em relação a Israel.
O que por outro lado, o sionismo, que é o movimento de apoio à autodeterminação judaica e à existência de um Estado Judeu, é visto por muitos como uma resposta histórica ao antissemitismo e como um direito legítimo dos judeus.
As acusações de apartheid e dos ataques militares contra mulheres, velhos e até crianças na Faixa de Gaza por parte de Israel também são aspectos cruciais a serem considerados neste enorme conflito social.
A Política de Estado Israelense no curso dos tramites atuais da guerra travada contra os Palestina possuir filosofias semelhanças as adotadas pelos nazifascistas durante a segunda guerra mundial. As táticas de guerrilha israelenses são muito análogas às do holocausto alemão contra os Judeus.
A Faixa de Gaza tem sido descrita como uma "prisão a céu aberto", sujeita a restrições de movimento e acesso a recursos básicos, o que tem levado a condições de vida extremamente precárias para seus habitantes. Essas condições, combinadas com os ataques militares israelenses, têm levado muitos a caracterizar a situação como um projeto de genocídio em curso perpetrado contra o povo Palestino.
As influências de governos fascistas, nazistas, ditatoriais e totalitários sobre o conflito são também preocupantes e demonstram a complexidade geopolítica envolvida sobre a questão Palestino Israelense. Essas influências podem moldar as políticas e estratégias adotadas por ambas as partes, exacerbando ainda mais as tensões e dificultando os esforços de paz e reconciliação.
O conflito Israelense-Palestino é um problema intricado que envolve uma série de questões complexas e emotivas. Uma abordagem holística e baseada em evidências é essencial para entender e buscar soluções duradouras para essa situação tão delicada.
Este conflito desafia uma resolução fácil, ordeira e equitativa. E enraizado como está em uma teia de queixas históricas, divisões políticas e visões concorrentes para o futuro. Alcançar uma paz justa e duradoura exigirá liderança audaciosa, diálogo genuíno e compromisso em reconhecer os direitos e aspirações tanto dos israelenses quanto dos palestinos.
E somente por meio de respeito mútuo, compreensão, entendimento e compromisso pode-se quebrar o ciclo de violência e sofrimento, abrindo caminho para um futuro de convivência e reconciliação na Terra Santa.
Abrantes F. Roosevelt, 21 de Fevereiro de 2022
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