Artigo 85 - Por que a Ditadura Judiciaria do Brasil Liderada pelo Ministro da Justiça Alexandre de Moraes Vem Praticando a Lei da Censura no Território Brasileiro

Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt




Por que a Ditadura Judiciaria do Brasil Liderada pelo Ministro da Justiça Alexandre de Moraes Vem Praticando a Lei da Censura no Território Brasileiro

O Brasil vive hoje um estado de exceção disfarçado de legalidade. O que se vende como defesa da democracia é, na prática, o avanço implacável de uma ditadura judiciária comandada por um homem: Alexandre de Moraes. O ministro, que deveria ser guardião da Constituição, tornou-se seu maior violador. Sob sua liderança, o Supremo Tribunal Federal — que deveria ser o árbitro imparcial da república — transformou-se em um tribunal inquisitório, agindo como legislador, executor e juiz ao mesmo tempo, sem dar satisfações à sociedade civil, ao Congresso ou à própria Carta Magna.

A censura no Brasil não apenas voltou, ela foi institucionalizada. Não mais por decreto de generais, mas por canetadas de togados que se autoconcedem poderes absolutos em nome de uma suposta defesa da “ordem democrática”. Um eufemismo cínico que esconde a real intenção: silenciar vozes divergentes, calar a oposição e esmagar qualquer crítica ao regime vigente. O crime já não precisa ser cometido — basta uma opinião, um meme, uma ironia mal interpretada ou até um simples compartilhamento para que alguém seja rotulado como “ameaça à democracia”, “propagador de fake news” ou “extremista digital”.

A nova ditadura não precisa de tanques nas ruas — ela se instala por meio de decisões monocráticas, sigilos processuais, mandados de busca ilegais e prisões preventivas eternas. Os julgamentos sumários ocorrem à porta fechada, sem defesa prévia, sem contraditório, sem o devido processo legal. O cidadão é condenado antes mesmo de saber que está sendo investigado. A justiça virou uma máquina de moer reputações, destruir vidas e impor o silêncio. É o império do medo vestido de toga.

E tudo isso vem sendo arquitetado e conduzido com mão de ferro por Alexandre de Moraes, um homem que parece ter sede de poder absoluto e desprezo pela pluralidade de ideias. Ele usa o STF como trincheira política e o Ministério da Justiça como instrumento de perseguição. Sua atuação extrapola todos os limites da razoabilidade jurídica, rasga a Constituição em nome de um moralismo autoritário e subverte as instituições republicanas para concentrar em si mesmo uma autoridade que jamais lhe foi concedida pelas urnas ou pelas leis.

A censura praticada no Brasil hoje é seletiva, ideológica e profundamente partidária. Ela persegue conservadores, religiosos, jornalistas independentes, influenciadores não alinhados, empresários que ousam questionar o sistema e até cidadãos comuns que compartilham opiniões contrárias ao establishment progressista. Mas fecha os olhos para crimes cometidos por aliados políticos, artistas militantes ou veículos de mídia mainstream. A Justiça virou instrumento de vingança política. A balança perdeu o equilíbrio. A espada virou guilhotina.

Vivemos uma distopia jurídica onde o arbítrio é a norma e a liberdade de expressão virou crime. E o mais assustador: boa parte da sociedade assiste a tudo em silêncio, acuada ou conivente, acreditando que a censura só atinge os “radicais” — até que a mordaça chegue à sua própria boca.

O Brasil está sendo governado por juízes e censores, não por representantes do povo. A democracia virou retórica vazia, enquanto os pilares da República são corroídos por decisões judiciais travestidas de justiça. Não há mais segurança jurídica. Não há mais liberdade plena. A ditadura já não usa farda: ela veste toga, sorri em coletivas de imprensa e se esconde atrás do discurso do bem.

O caso mais emblemático dessa escalada autoritária é o famigerado Inquérito das Fake News (Inq. 4781), criado de ofício — ou seja, sem provocação externa — pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, e entregue diretamente nas mãos de Alexandre de Moraes, como se fosse uma delegação de superpoderes a um homem só. Essa aberração jurídica já começou viciada: o Supremo foi ao mesmo tempo vítima, investigador, acusador e juiz. Um atentado direto ao devido processo legal e aos princípios elementares da imparcialidade judicial. Desde então, o que se vê é um festival de ilegalidades sendo empurradas goela abaixo da sociedade, sob o silêncio covarde da maioria dos juristas e a cumplicidade da grande mídia.

Nesse inquérito — que se eternizou no tempo sem delimitação clara de escopo, alvo ou prazo — pessoas foram presas por fazer piadas, publicações críticas, ou expressarem opiniões nas redes sociais. O deputado Daniel Silveira, por exemplo, foi preso por um vídeo de conteúdo verbalmente agressivo — o que, em qualquer país livre, seria tratado como liberdade de opinião e não como crime hediondo. A pena foi desproporcional, o processo foi conduzido de maneira atropelada e o STF ainda ignorou o indulto presidencial concedido pelo então presidente Jair Bolsonaro, criando mais um precedente perigoso: o Judiciário agora se arroga o direito de ignorar prerrogativas do Executivo.

Outros casos reforçam essa marcha autoritária: jornalistas como Allan dos Santos, exilado nos Estados Unidos, tiveram seus canais de comunicação censurados e contas bancárias congeladas sem sequer serem julgados. Empresas como a Brasil Paralelo e veículos independentes têm sido constantemente ameaçados ou investigados por disseminarem conteúdos que contrariam a narrativa oficial — uma narrativa construída sob os moldes de um pensamento único, centralizado e progressista. Tudo isso com a anuência do TSE, que sob o comando de Moraes durante as eleições de 2022, usou o pretexto da “proteção ao processo eleitoral” para deletar postagens, silenciar candidatos e interferir diretamente no debate público.

A censura, que muitos acreditavam sepultada com a Constituição de 1988, voltou com força total, agora com respaldo judicial. O mais grave: não há instância superior à qual recorrer. O STF virou um império intocável, inalcançável, inquestionável. Nem o Senado — que constitucionalmente deveria conter os abusos da Corte por meio de processos de impeachment ou CPI — age, acovardado diante do poder de retaliação do Judiciário e das chantagens institucionais que se tornaram práticas comuns nos bastidores de Brasília.

O nome disso é Estado de Exceção Judicial. Um regime onde a Constituição é moldada por interpretações convenientes, onde a legalidade cede lugar ao voluntarismo togado, e onde a figura de Alexandre de Moraes se ergue como símbolo máximo da repressão institucionalizada. Um novo AI-5 foi instaurado — mas agora com aparência de legalidade, com linguagem técnica e com apoio midiático. Um novo autoritarismo se impôs, travestido de “combate ao ódio” e “defesa da democracia”, slogans que na prática significam: calar quem pensa diferente.

O que está sendo sufocado não são apenas opiniões, mas os próprios fundamentos da liberdade. Um país onde juízes mandam mais que os eleitos, onde jornalistas são perseguidos por reportagens, e onde cidadãos são investigados por curtidas e postagens, é um país que abandonou o caminho da democracia. O Brasil vive uma regressão civilizatória, e o epicentro dessa tragédia atende pelo nome de Alexandre de Moraes.

Toda ditadura nasce sob a promessa de “proteger o povo de um inimigo invisível”. No passado, esse inimigo já foi o comunismo, o imperialismo, a religião, a classe burguesa ou a raça inferior. No Brasil atual, o inimigo da vez é a “desinformação”. E como todo conceito vago, ela pode ser o que o censor quiser que seja. Não há definição objetiva, não há critérios claros, não há debate — há apenas a palavra do juiz, sua convicção e sua narrativa. Essa é a essência do totalitarismo moderno: travestir a repressão de proteção, camuflar a censura como cuidado, e vender o silenciamento como “medida civilizatória”.

É nesse cenário que a figura de Alexandre de Moraes encarna um novo tipo de tirano — não aquele que aparece nos palanques com fuzis e exércitos, mas o que domina os algoritmos, controla o fluxo de informação e decide, à sua imagem e semelhança, quem pode ou não falar, viver, concorrer ou existir socialmente. O novo autoritarismo não manda queimar livros: ele deleta links. Não fecha jornais: ele desmonetiza canais e bloqueia perfis. Não prende por atos: prende por “intenções”, “possibilidades”, “conexões ideológicas”. Não há crime, há pré-crime — uma aberração jurídica que faria até Orwell corar.

Enquanto isso, boa parte da elite intelectual brasileira aplaude. Acadêmicos, jornalistas, artistas e influencers se renderam ao conforto da unanimidade. A esquerda — que outrora gritava contra a censura, o arbítrio e o abuso de poder — hoje lambe as botas da toga que a beneficia. A hipocrisia virou dogma. O discurso democrático virou escudo para perseguir adversários. Quem antes defendia o “direito de dizer até o que é errado” agora quer cadeia para quem compartilha um link, um vídeo, um meme inconveniente. A liberdade virou moeda de troca para manutenção do poder ideológico.

E o povo? O povo assiste. Alguns gritam, mas a maioria se cala. Por medo, por ignorância, por indiferença. E é nesse silêncio coletivo que a tirania prospera. A ditadura não precisa do apoio de todos — só precisa que a maioria se acostume. O brasileiro, ferido pela polarização, esgotado pelo caos político e esmagado pela burocracia estatal, foi anestesiado. Tornou-se um refém emocional do “mal menor”. E enquanto isso, a Constituição vai sendo lentamente esquartejada, em nome de uma paz artificial que só beneficia os donos do sistema.

A história já mostrou que todo regime autoritário começa censurando “os radicais”, depois os críticos, depois os neutros, até que só restem os obedientes. E quando só os obedientes restam, não há mais verdade, nem liberdade, nem dignidade. Há apenas medo e servidão. E é exatamente esse o projeto em curso hoje no Brasil: a substituição da democracia real por um teatro institucional onde tudo parece legal, mas nada é legítimo. Onde tudo parece justo, mas é só controle. Onde tudo parece moral, mas é só poder.

O que estamos testemunhando não é um desvio temporário: é uma reconfiguração estrutural do regime. Uma nova ordem que se sustenta na chantagem institucional, na manipulação midiática e na judicialização total da política e da vida social. É o Estado tomando posse da palavra. É o togado assumindo o papel de tutor moral do cidadão. É o fim da autonomia individual diante do olhar onisciente da “Justiça” — que já não julga, apenas manda.

O que fazer diante disso? Romper o silêncio. Denunciar. Expor. Resistir. Mesmo que doa. Mesmo que seja perigoso. Mesmo que seja em vão. Porque a liberdade nunca é um presente — é uma conquista. E toda conquista exige sacrifício. Os que se calam hoje para manter o conforto, serão os mesmos que amanhã mendigarão por um direito que não souberam defender.

Alexandre de Moraes, ao se tornar símbolo da repressão de toga, talvez tenha subestimado uma lição antiga: nenhuma tirania resiste à luz. Nenhuma censura sobrevive ao despertar de uma sociedade. E nenhum império dura para sempre quando é construído sobre o medo.

A história cobra. A verdade escapa. E a justiça — a verdadeira — sempre volta. Tardia, talvez. Mas ela volta. E com ela virá o julgamento, não dos homens, mas da consciência coletiva de um povo que, em algum momento, vai perceber que aceitou de cabeça baixa uma mordaça de veludo, enquanto os algozes sorriam dos palcos do poder.

E o brasil está ciente que existe uma republica ditatorial judiciaria. O alerta foi dado a todos os Brasileiros. Quem não enxerga o que está acontecendo será cúmplice da tragédia que se aproxima. Não se trata mais de ideologia, mas de sobrevivência da própria liberdade.


Abrantes F. Roosevelt, 21 de Julho de 2025

 

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