87- Por que as Inteligências Artificiais podem Criar em poucas Décadas um Verdadeiro Exército de Desempregados no Mundo
Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt
Por que as Inteligências Artificiais podem Criar em poucas Décadas um Verdadeiro Exército de Desempregados no Mundo
A revolução tecnológica que as inteligências artificiais (IAs) vêm promovendo não é um conto futurista, mas uma realidade implacável e assustadora que bate à nossa porta. Em poucas décadas, a máquina pode deixar de ser apenas uma ferramenta para se tornar o carrasco de milhões de empregos, criando um exército de desempregados que nenhum governo estará preparado para amparar. Se você ainda acha que a tecnologia é sinônimo automático de progresso para todos, está na hora de acordar para o pesadelo que está sendo cozinhado a fogo lento.
O que temos visto até agora é só a ponta do iceberg. Programas de IA já substituem funções que vão do atendimento ao cliente ao diagnóstico médico, da análise jurídica à produção de textos jornalísticos. A promessa de uma vida mais fácil, com mais tempo livre, cai por terra diante da realidade brutal: máquinas fazem o trabalho de dezenas, centenas de humanos — e sem os custos trabalhistas, nem a fadiga ou a insubordinação.
O desemprego estrutural que virá não será apenas um fenômeno temporário, como os trabalhadores acomodados gostam de pensar. Será uma transformação sistêmica. O capitalismo selvagem não terá pena, porque a lógica é clara: o lucro máximo exige a substituição da mão de obra humana por máquinas infinitamente mais eficientes e baratas. O problema não está no avanço tecnológico, mas na absoluta falta de preparo e vontade dos governos para criar redes de proteção e políticas que protejam a população.
E enquanto isso, a massa de trabalhadores que antes se sustentava com profissões hoje automatizadas será lançada na lama da exclusão social. Sem emprego, sem renda, sem perspectivas reais, esse exército de desempregados será o calcanhar de Aquiles das sociedades modernas. Já vemos sinais claros: aumento da violência, da pobreza, do populismo extremista e do desespero coletivo.
Além disso, a inteligência artificial não é apenas uma substituta mecânica. Ela está se tornando criativa, adaptativa, capaz de aprender e inovar. Profissões intelectuais, criativas e técnicas — antes consideradas protegidas — também estão na mira. O escritor, o artista, o analista, o programador estão todos ameaçados. E quando máquinas começarem a superar humanos nessas áreas, o colapso do mercado de trabalho será total.
Os defensores do progresso tecnológico dizem que surgirão novos empregos, em áreas ainda nem imaginadas. Mas esse é um mantra vazio, repetido desde a Revolução Industrial, que ignora o ritmo e a escala da atual transformação. As novas profissões exigirão qualificação altíssima, acesso à educação e capacidade de adaptação que a maioria simplesmente não terá.
Enquanto isso, o fosso entre ricos e pobres se alarga. A elite tecnológica e os grandes proprietários das IAs vão acumular uma riqueza monstruosa, enquanto a imensa maioria será relegada a uma vida de miséria e dependência. A promessa de um futuro brilhante está virando uma distopia real, onde o desemprego em massa será a regra, e não a exceção.
Portanto, é urgente que se encare o problema de frente, sem ilusões nem discursos utópicos. Se não houver políticas públicas robustas, requalificação em massa, redistribuição de renda e regulamentações duras sobre o uso das inteligências artificiais, caminharemos para um colapso social sem precedentes. E aí, sim, o tal “progresso” tecnológico terá se tornado o maior inimigo da humanidade.
Não é exagero afirmar: a era das inteligências artificiais pode ser a era do desemprego em massa, da desigualdade extrema e da crise social profunda. E quem avisar antes disso será chamado de pessimista — mas o tempo provará quem estava certo.
A revolução das inteligências artificiais (IAs) não é um futuro distante para ser discutido com calma em conferências acadêmicas. É uma tempestade que já chegou — silenciosa, voraz e implacável — prestes a varrer milhões de empregos e deixar para trás um exército gigantesco de desempregados. A fantasia de que a tecnologia traz progresso para todos é um conto de fadas para enganar os incautos. A realidade é brutal: as máquinas estão tomando nossos empregos e, se nada for feito, vão entregar a conta da exclusão social a milhões de trabalhadores descartados.
Dados recentes não deixam dúvida. Um estudo da consultoria McKinsey prevê que até 2030 cerca de 400 milhões de trabalhadores no mundo — quase 15% da força de trabalho global — poderão ser substituídos por automação e inteligência artificial. No Brasil, a situação é igualmente alarmante: o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que mais de 30% dos empregos atuais correm risco de serem extintos por conta da automação nos próximos 20 anos. E isso é só o começo.
O setor de serviços, que emprega a maior parte da população, já sente o impacto: caixas de supermercado são substituídos por terminais de autoatendimento; call centers foram praticamente dizimados pela popularização dos chatbots; consultores financeiros e até advogados veem suas funções serem parciais ou totalmente automatizadas. O que sobra? Resta um mercado cada vez mais competitivo, onde o trabalhador comum é triturado pela lógica fria do mercado e pela eficiência mecânica das máquinas.
E não se engane: o avanço da IA não se limita a tarefas repetitivas e manuais. Ela está invadindo setores intelectuais e criativos. Plataformas como o GPT-4 e seus sucessores já produzem textos, códigos, relatórios e análises que competem com profissionais experientes. Artistas digitais têm seus trabalhos replicados ou criados por algoritmos que não pedem salário, férias ou licença médica. Médicos têm seus diagnósticos confrontados com sistemas que processam bilhões de dados em segundos. Essa inteligência artificial está pulverizando o valor do trabalho humano em áreas antes consideradas intocáveis.
Enquanto isso, o discurso dominante vende a ideia de “novas profissões do futuro” e “economia criativa”. Mentira. As novas vagas exigirão especialização elevada, acesso à educação de ponta e atualização constante — coisas que estão longe do alcance da maior parte da população mundial. A verdade é que o fosso entre os poucos que serão absorvidos pela nova economia digital e os milhões que serão descartados está se tornando um abismo social sem precedentes.
E o cenário político-social? Já se vê o resultado da crescente exclusão: aumento da criminalidade, protestos sociais, radicalização política e um clima de instabilidade que ameaça a democracia em vários países. Os governos, despreparados e sem vontade política, assistem ao colapso do mercado de trabalho sem respostas à altura. O Estado de bem-estar social, aquele colchão que protegia os trabalhadores do choque tecnológico, está em frangalhos, insuficiente para conter o tsunami que se aproxima.
Além disso, as grandes corporações de tecnologia acumulam lucros estratosféricos com a automação, enquanto terceirizam os custos sociais para a população. Elas investem bilhões em IAs que destroem empregos e multiplicam a concentração de renda, sem contrapartida social. São os donos do futuro, enquanto a massa é empurrada para a periferia da economia e da dignidade humana.
Se nada for feito, as próximas décadas serão marcadas por um desemprego estrutural em massa, com consequências econômicas e humanas devastadoras. A fome, a violência, o abandono social e a desintegração familiar serão o preço da complacência coletiva.
Portanto, não se engane com discursos otimistas e superficiais. A era da inteligência artificial pode muito bem ser a era do maior desastre social da história moderna. E aqueles que alertam para esse risco são tachados de pessimistas ou retrógrados — enquanto o exército de desempregados cresce em silêncio, aguardando um socorro que não virá.
A revolução das inteligências artificiais (IAs) não é um futuro distante para ser discutido com calma em conferências acadêmicas. É uma tempestade que já chegou — silenciosa, voraz e implacável — prestes a varrer milhões de empregos e deixar para trás um exército gigantesco de desempregados. A fantasia de que a tecnologia traz progresso para todos é um conto de fadas para enganar os incautos. A realidade é brutal: as máquinas estão tomando nossos empregos e, se nada for feito, vão entregar a conta da exclusão social a milhões de trabalhadores descartados.
Dados recentes não deixam dúvida. Um estudo da consultoria McKinsey prevê que até 2030 cerca de 400 milhões de trabalhadores no mundo — quase 15% da força de trabalho global — poderão ser substituídos por automação e inteligência artificial. No Brasil, a situação é igualmente alarmante: o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que mais de 30% dos empregos atuais correm risco de serem extintos por conta da automação nos próximos 20 anos. E isso é só o começo.
O setor de serviços, que emprega a maior parte da população, já sente o impacto: caixas de supermercado são substituídos por terminais de autoatendimento; call centers foram praticamente dizimados pela popularização dos chatbots; consultores financeiros e até advogados veem suas funções serem parciais ou totalmente automatizadas. O que sobra? Resta um mercado cada vez mais competitivo, onde o trabalhador comum é triturado pela lógica fria do mercado e pela eficiência mecânica das máquinas.
E não se engane: o avanço da IA não se limita a tarefas repetitivas e manuais. Ela está invadindo setores intelectuais e criativos. Plataformas como o GPT-4 e seus sucessores já produzem textos, códigos, relatórios e análises que competem com profissionais experientes. Artistas digitais têm seus trabalhos replicados ou criados por algoritmos que não pedem salário, férias ou licença médica. Médicos têm seus diagnósticos confrontados com sistemas que processam bilhões de dados em segundos. Essa inteligência artificial está pulverizando o valor do trabalho humano em áreas antes consideradas intocáveis.
Enquanto isso, o discurso dominante vende a ideia de “novas profissões do futuro” e “economia criativa”. Mentira. As novas vagas exigirão especialização elevada, acesso à educação de ponta e atualização constante — coisas que estão longe do alcance da maior parte da população mundial. A verdade é que o fosso entre os poucos que serão absorvidos pela nova economia digital e os milhões que serão descartados está se tornando um abismo social sem precedentes.
E o cenário político-social? Já se vê o resultado da crescente exclusão: aumento da criminalidade, protestos sociais, radicalização política e um clima de instabilidade que ameaça a democracia em vários países. Os governos, despreparados e sem vontade política, assistem ao colapso do mercado de trabalho sem respostas à altura. O Estado de bem-estar social, aquele colchão que protegia os trabalhadores do choque tecnológico, está em frangalhos, insuficiente para conter o tsunami que se aproxima.
Além disso, as grandes corporações de tecnologia acumulam lucros estratosféricos com a automação, enquanto terceirizam os custos sociais para a população. Elas investem bilhões em IAs que destroem empregos e multiplicam a concentração de renda, sem contrapartida social. São os donos do futuro, enquanto a massa é empurrada para a periferia da economia e da dignidade humana.
Se nada for feito, as próximas décadas serão marcadas por um desemprego estrutural em massa, com consequências econômicas e humanas devastadoras. A fome, a violência, o abandono social e a desintegração familiar serão o preço da complacência coletiva.
Portanto, não se engane com discursos otimistas e superficiais. A era da inteligência artificial pode muito bem ser a era do maior desastre social da história moderna. E aqueles que alertam para esse risco são tachados de pessimistas ou retrógrados — enquanto o exército de desempregados cresce em silêncio, aguardando um socorro que não virá.
E o que fazer diante deste enorme desastre anunciado? As Inteligências Artificiais são ferramentas funcionais bastante útil para a espécie humana em nossos dias atuais e elas certamente nos ajudará a enfrentar muitos desafios em nossa conturbada vida social. Mas atualmente muitos cientista e estudiosos de inteligência artificial estão realizando estudos que apontam um caminho irreversível para uma crise sem precedente na humanidade. E a pergunta que nos resta sobre as inteligências artificiais é que soluções reais existem hoje? E, acima de tudo, quem vai tomar a iniciativa? O cenário não inspira otimismo, mas não se pode cruzar os braços e assistir à derrocada da humanidade sentado à frente de uma televisão vendo tudo passar diante dos olhos. Eis algumas medidas urgentes e fundamentais que a nossa espécie pode fazer em relação a este grande desafio de nossa modernidade — algumas simples, outras quase utópicas — para tentar mitigar o caos:
1. Renda Básica Universal (RBU) imediata e robusta — se a máquina vai substituir o trabalho, o mínimo que se pode fazer é garantir que os milhões deixados sem emprego tenham um teto básico para sobreviver. Não é esmola, é reparação social e dignidade mínima. Mas nenhum governo hoje parece disposto a encarar a conta.
2. Regulação e taxação das corporações de tecnologia — as gigantes da IA acumulam fortunas imensas e destroem empregos sem pagar pela conta social que geram. É preciso taxar a automação, criar fundos para requalificação profissional e sustentar políticas públicas para os desempregados.
3. Educação radicalmente reformada — o modelo atual não prepara ninguém para a velocidade e a complexidade da nova economia digital. Educação técnica, ensino de habilidades digitais, pensamento crítico e adaptabilidade devem ser prioridade máxima — mas isso exige investimentos bilionários que poucos países estão dispostos a fazer.
4. Requalificação em massa e contínua — trabalhadores que perdem seus empregos precisam de cursos rápidos, práticos e efetivos para migrar para setores onde a automação ainda não chegou. Não basta esperança, é preciso política pública estruturada e financiamento para isso.
5. Limitação do uso da inteligência artificial em certos setores — a ética e a política devem estabelecer barreiras para o uso da IA em profissões que impactam a dignidade humana e a economia social, evitando a substituição indiscriminada.
6. Fortalecimento dos sindicatos e organizações de trabalhadores — para que haja pressão real por direitos e regulamentações, e para que a voz do trabalhador não seja engolida pelo discurso corporativo.
7. Incentivo à economia solidária e local — onde a tecnologia possa ser usada para aumentar a produtividade sem eliminar empregos, e onde o ser humano não seja descartável.
E sem essas medidas — ou pelo menos algumas delas — o futuro que nos espera é sombrio. Não haverá “renascimento” automático nem salvadores tecnológicos. Só haverá um colapso social cada vez mais profundo, onde milhões de vidas serão marcadas pela miséria e pela exclusão. E se ainda dá tempo para reagir, é porque a decisão está em nossas mãos. Mas, para isso, será necessário romper com o conformismo, a alienação e o falso otimismo que insiste em ignorar a gravidade do problema. O relógio está correndo. O exército de desempregados está crescendo. E a pergunta que fica é simples, cruel e urgente: quando a sociedade vai acordar para o desastre anunciado?
Abrantes F. Roosevelt, 08 de Agosto de 2025
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