Artigo 86 - Por que as Ideologias de Extrema Direita como o Trumpismo e o Bolsonarismo tem Interferido e Ameaçado a Soberania do Brasil

Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt




Por que as Ideologias de Extrema Direita como o Trumpismo e o Bolsonarismo tem Interferido e Ameaçado a Soberania do Brasil

O mundo vide hoje uma era sombria onde a soberania nacional tem sido corrompida não por forças estrangeiras armadas ou por ocupações territoriais, mas por ideologias infiltradas, importadas e reembaladas sob a estética do patriotismo e do conservadorismo. O Brasil, que já se viu refém de potências econômicas, hoje se curva diante de uma subserviência ideológica brutal e humilhante: o bolsonarismo — cópia tropical grotesca do trumpismo — transformou-se numa doutrina antinacional, entreguista, violenta e desestruturadora. Não há nada de “Brasil acima de tudo” quando se ajoelha o país diante dos EUA, de Israel ou de um bilionário narcisista que incitou uma tentativa de golpe no Capitólio e serviu de inspiração direta para a invasão dos Três Poderes em Brasília. O que se vê é uma tentativa articulada de destruição institucional, travestida de libertação.

As taxações abusivas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelo governo Trump, agora sendo reativadas e fortalecidas por setores republicanos ultranacionalistas sob a bandeira do protecionismo comercial, representam mais do que uma disputa econômica: são um golpe frontal contra a soberania do Brasil. Em nome de uma suposta defesa da indústria americana, o que se vê na prática é a tentativa descarada de sufocar a competitividade brasileira em mercados estratégicos como o aço, o alumínio, o agronegócio e a tecnologia emergente. A narrativa oficial norte-americana de “retaliação comercial” é apenas a casca de um processo muito mais profundo de dominação imperialista, travestida de política fiscal. E o Brasil, submisso e ajoelhado diante do dólar, assiste inerte a mais esse cerco sem reagir de forma digna.

Mais grave ainda é o uso político da Lei Magnitsky — uma legislação americana criada, supostamente, para punir violadores de direitos humanos em nível global, mas que agora virou arma de chantagem internacional. A aplicação dessa lei contra o ministro Alexandre de Moraes, sob pretextos frágeis e movida por pressões políticas de parlamentares trumpistas que sequer escondem seus vínculos com a extrema direita brasileira, é mais uma evidência de que os EUA continuam a operar como xerifes globais de uma ordem unilateral onde só a vontade de Washington vale. O problema aqui não é defender Moraes ou o STF, mas denunciar que potências estrangeiras estão interferindo diretamente nos assuntos internos do Brasil com a conivência de setores da mídia e da classe política que odeiam o país mais do que qualquer estrangeiro jamais odiou.

O que está em jogo não é um ministro. É a soberania nacional sendo dilacerada por uma nova forma de colonialismo jurídico, digital e econômico. O Brasil virou laboratório de guerra híbrida, alvo de pressões externas que ora vêm via sanções veladas, ora por meio de plataformas digitais, ora por medidas econômicas que matam lentamente a nossa indústria e a capacidade de autossuficiência. E o povo brasileiro, manipulado por narrativas simplistas, continua acreditando que se trata apenas de “democracia” ou “combate à corrupção”, quando na verdade estamos falando de controle estratégico de nações periféricas por meio de leis extraterritoriais impostas de forma unilateral.

Trumpismo e bolsonarismo, juntos, nunca defenderam o Brasil. São duas faces da mesma moeda entreguista que se ajoelha ao capital estrangeiro, enquanto disfarça essa subserviência com um discurso nacionalista vazio. Trump não quer o bem do Brasil. Ele quer o Brasil submisso, explorável, colonizado e calado. E o bolsonarismo, ao seguir como cachorro de guarda dessa agenda, apenas acelera a nossa submissão geopolítica, entregando a Amazônia, sabotando os BRICS, servindo aos interesses de Israel e dos EUA em detrimento de alianças mais equilibradas.

Portanto, o que temos diante de nós é uma ofensiva contra a soberania do Brasil travada em múltiplas frentes: tarifas abusivas, imposições legais internacionais seletivas, manipulação política e tentativas de desestabilização interna. A verdadeira pergunta que se impõe não é se Alexandre de Moraes merece sanções — mas sim: até quando o Brasil aceitará ser tratado como colônia? Até quando toleraremos que leis americanas ditem quem pode ou não exercer poder aqui dentro? Até quando aceitaremos interferências comerciais como se fossem "acordos justos", quando na verdade são punições disfarçadas? O silêncio diante dessa guerra silenciosa é a verdadeira traição.

A traição da família Bolsonaro ao Brasil é um dos episódios mais vergonhosos e escandalosos da história política recente do país. Enquanto muitos ainda se iludem com discursos falsamente patrióticos, a realidade é brutal: Jair Bolsonaro e seus filhos atuaram de forma coordenada, subordinada e subserviente aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, em especial à agenda da extrema-direita trumpista. Não se tratou de mera afinidade ideológica. Foi uma aliança conspiratória, estratégica e danosa — firmada não para proteger o povo brasileiro, mas para desmontar a soberania nacional peça por peça, como quem entrega o país no colo do inimigo com um sorriso no rosto.

Durante o governo Bolsonaro, vimos o Brasil se afastar dos BRICS, sabotar suas relações com a China, hostilizar países da América Latina, abandonar políticas estratégicas de integração regional, e alinhar-se de forma cega aos delírios geopolíticos de Donald Trump. O objetivo era claro: transformar o Brasil em uma republiqueta vassala dos Estados Unidos. Um quintal, um entreposto colonial governado por fantoches vestidos com a bandeira brasileira no peito, mas com a alma vendida em dólar. A soberania foi rifada em nome de uma ideologia que idolatra o mercado financeiro de Wall Street, os pastores televangelistas da Flórida, os lobbies armamentistas e as elites racistas da política americana.

A traição foi além da política externa. Internamente, a família Bolsonaro atacou sistematicamente as instituições do Estado brasileiro — não para purificá-las, mas para desacreditá-las e prepará-las para o colapso. Tentaram destruir a credibilidade do STF, desmoralizar o Congresso, sabotar o funcionamento das universidades, desmontar os órgãos ambientais e, com ajuda de militares subalternos e empresários cúmplices, empurraram o país para um abismo institucional. Tudo isso enquanto promoviam teorias da conspiração plantadas nos laboratórios ideológicos da alt-right americana.

A aproximação direta com Steve Bannon, um dos articuladores da guerra cultural global da extrema-direita, não foi coincidência — foi estratégia. Carlos Bolsonaro foi treinado, instruído e financiado para operar uma máquina de desinformação nos moldes da propaganda trumpista. Eduardo Bolsonaro tentou transformar o Itamaraty em sucursal da Casa Branca. E o próprio Jair Bolsonaro, como um garoto de recado do império, preferiu sabotar o Brasil durante a pandemia, ignorando a ciência, desqualificando vacinas, e promovendo o caos — tudo de acordo com a cartilha do negacionismo internacional.

Hoje, os mesmos bolsonaristas que dizem combater o “globalismo” são, na prática, capachos de um império que impõe tarifas abusivas aos nossos produtos, que nos exclui das cadeias globais de valor, que interfere em nossos processos jurídicos internos com leis como a Magnitsky, e que agora usa a máquina americana para sancionar membros do Judiciário brasileiro como forma de desestabilizar o país. E onde estão os patriotas de ocasião? Silenciosos, coniventes, cúmplices. Porque no fundo, o que menos importa para eles é o Brasil — o que importa é a manutenção do poder, mesmo que isso signifique entregar o país de bandeja.

A família Bolsonaro jamais representou os interesses do povo. Representou apenas os interesses da elite reacionária americana que vê na América Latina um território a ser explorado, dominado, subjugado. A aliança com Trump não foi diplomática — foi uma conspiração transnacional contra a soberania brasileira. E o povo, enganado por bandeiras verdes e amarelas, não percebeu que estava batendo continência para quem estava vendendo a própria pátria. É hora de chamar as coisas pelo nome certo: traição. E os traidores da pátria devem ser julgados como tal — pela história, pela justiça e pelo povo.

O bolsonarismo não é conservadorismo real — é caos político, moralismo hipócrita e culto à personalidade de um messias decadente, paranoico e visceralmente antipatriótico. Ao se aliar a interesses estrangeiros, agências obscuras, igrejas norte-americanas fundamentalistas, think tanks ultraliberais e redes de desinformação, essa ideologia passou a atuar como uma metástase no corpo do Estado brasileiro. Ela não propõe um projeto de país — ela sabota qualquer projeto que não seja o da sua própria sobrevivência política, mesmo que isso custe a destruição do tecido social, a marginalização das instituições democráticas e a pulverização da cultura brasileira.

A ameaça à soberania não está apenas nos acordos econômicos entreguistas ou nas privatizações de setores estratégicos. Está no plano simbólico, mental, afetivo. Está na cabeça de jovens que passaram a odiar seu próprio país, sua história, suas raízes, sua arte, sua ciência, sua imprensa — tudo que não ecoa a voz do líder ou do algoritmo que lhes alimenta com raiva e paranoia. Está no fanatismo religioso que substitui a política por dogmas. Está no armamento da população pobre, na destruição das florestas com aval institucional, na infiltração de forças policiais com ideologias golpistas, e na transformação da mentira em método de governo.

O bolsonarismo quer um Brasil submisso, dividido, armado e paranoico. Um Brasil que rejeite o debate, a ciência, os direitos humanos e a liberdade de imprensa — enquanto grita em nome da “liberdade”. E esse paradoxo é exatamente o que o aproxima do trumpismo: a ideia de que se pode combater “o sistema” ao mesmo tempo em que se usa o Estado para concentrar poder, perseguir opositores, destruir instituições e instaurar um regime personalista. Não é libertação, é submissão total ao populismo autoritário.

Trump e Bolsonaro não representam o povo — representam a fúria de um ressentimento branco, masculinista, xenófobo e neoliberal, travestido de conservadorismo. Alimentam-se do caos para justificar a violência. E cada vez que o Brasil absorve esse modelo, renuncia à sua própria identidade, se afasta da sua soberania e mergulha num abismo institucional irreversível. O Brasil está sendo colonizado de novo — mas agora por ideias, narrativas, seitas, teorias conspiratórias e algoritmos.

A verdadeira soberania nacional começa na independência de pensamento. E enquanto uma parte significativa do povo continuar idolatrando figuras estrangeiras, negando o valor da democracia, da diversidade e do debate plural, continuaremos ameaçados — não por tanques ou invasões externas, mas pela implosão interna conduzida por falsos profetas de extrema direita. O avanço do bolsonarismo como força destrutiva da soberania nacional não teria sido possível sem a omissão — e, em muitos casos, a cumplicidade — de setores inteiros do Judiciário, do Congresso Nacional, da mídia e até mesmo das Forças Armadas. O que se viu no Brasil nos últimos anos foi um desfile grotesco de silêncios estratégicos, acovardamentos calculados e conivência velada com uma ideologia que ameaçava claramente os pilares da República. A pergunta que resta é: até que ponto esses poderes permitiram — ou até incentivaram — esse projeto autoritário em nome de interesses próprios?

O Judiciário, que hoje se apresenta como bastião da defesa democrática, demorou demais para agir. Durante anos, tolerou falas golpistas, ameaças institucionais, ataques à imprensa, disseminação de fake news e afrontas diretas à Constituição. Magistrados posaram para fotos com o presidente, riram de suas piadas misóginas e xenófobas, fecharam os olhos para crimes de responsabilidade diários. Só depois que a máquina começou a ameaçar seus próprios corredores, os tribunais decidiram sair do torpor. Mas o dano já estava feito. A corrosão institucional já havia contaminado o tecido da democracia.

O Congresso Nacional, por sua vez, serviu de escada, balcão e biombo para o projeto bolsonarista. Parlamentares se venderam por emendas, cargos e blindagem política, transformando a Câmara dos Deputados num cassino de chantagens e traições. A tal “bancada do boi, da bala e da bíblia” não apenas apoiou esse projeto de dominação ideológica — ela o moldou. Legitimou absurdos. Aplaudiu o desmonte de direitos. Fez da ignorância um projeto de poder. E vendeu ao povo a ideia de que o autoritarismo seria o caminho mais curto para a ordem — quando, na verdade, era o caminho mais rápido para a barbárie institucional.

A grande mídia, por sua vez, jogou duplo. Flertou com o discurso do "outsider" em nome do anti-petismo. Deu palanque, deu voz, deu imagem, deu espaço. Minimizaram escândalos, normalizaram a violência verbal, transformaram um fanático ressentido em "personagem folclórico". Quando perceberam que estavam alimentando um monstro, era tarde demais. A besta já tinha dentes, garras e milhões de seguidores armados de ódio e desinformação.

E o povo brasileiro? Uma parte foi seduzida pelo discurso fácil, pelas promessas falsas, pelo moralismo de púlpito, pela raiva contra a política tradicional — sem perceber que estava sendo transformado em massa de manobra para um projeto geopolítico maior. Porque sim, o trumpismo e o bolsonarismo não são apenas projetos internos — são tentáculos de uma nova internacional autoritária, uma rede global que une interesses econômicos, religiosos e políticos em torno do desmonte das democracias liberais.

As Forças Armadas, por sua vez, agiram com a covardia dos que se acham superiores ao povo, mas são servis ao poder. Não defenderam a Constituição como juraram. Silenciaram diante das tentativas de golpe. Toleraram militares da ativa e da reserva agindo como milicianos ideológicos, ocupando cargos civis, promovendo doutrinações internas. Até hoje, não fizeram sua autocrítica. A caserna ainda sonha com o passado, como se 1964 tivesse sido um "glorioso" capítulo da nossa história — quando foi, na verdade, o maior atentado já visto contra a soberania nacional e contra o povo brasileiro.

O que está em jogo não é apenas uma eleição ou uma disputa política. É a própria ideia de Brasil enquanto nação soberana, livre e independente. O bolsonarismo quer um país ajoelhado, armado, dividido, paranoico e burro. Um país sem memória, sem cultura, sem ciência, sem arte. Um país convertido em campo de batalha ideológico, pronto para ser loteado por corporações internacionais, igrejas bilionárias e interesses geopolíticos estrangeiros.

A soberania nacional não resiste quando se cultua a ignorância, se aplaude o autoritarismo e se nega a história. E é exatamente isso que essa ideologia quer: destruir o Brasil por dentro, usando o próprio povo como massa de autodestruição. Enquanto isso, os verdadeiros patriotas — aqueles que defendem a democracia, a educação, os direitos sociais e a dignidade do povo — são chamados de “comunistas”, “inimigos”, “traidores”. O discurso foi invertido. E a mentira virou regra.

Mas há um ponto de virada. E ele começa com a consciência crítica. Com a coragem de nomear o inimigo. Com a ruptura com essa ideologia colonial, entreguista e autoritária. O Brasil precisa voltar a se amar como nação — não como caricatura. Precisa se olhar no espelho e ver um povo livre, plural, criativo, democrático. Um povo que não aceita mais ser governado por fantoches de Washington, por seitas de internet ou por delírios de grandeza de homens pequenos.

O ataque à soberania do Brasil pelas mãos do bolsonarismo — e por extensão do trumpismo — não foi apenas institucional. Foi cultural, acadêmico, econômico e psicológico. Um projeto total de dominação ideológica que sequestra o imaginário nacional, reescreve a história conforme sua conveniência e transforma a ignorância em bandeira de luta. O objetivo não é apenas governar: é formatar o cérebro da população para que ela deseje ser governada por seus próprios algozes.

Nas universidades, o projeto foi claro: desfinanciamento, perseguição ideológica, demonização de professores, cortes brutais em pesquisa, censura velada a temas progressistas e imposição de uma retórica moralista que beira o fanatismo. O ataque à ciência não foi um acidente — foi uma estratégia. Porque uma população educada questiona. E questionar é tudo que o bolsonarismo não suporta. Em nome da “liberdade” acadêmica, promoveram a vigilância. Em nome da “moral”, atacaram estudos de gênero, deslegitimaram pesquisas sobre desigualdade e racismo, e estimularam alunos a delatar seus professores. Implantaram o medo, e onde há medo, a liberdade definha.

Na política externa, o Brasil rompeu com sua tradição de neutralidade altiva e passou a se portar como um vassalo dos Estados Unidos — mas não de qualquer Estados Unidos: do mais retrógrado, fundamentalista e militarista possível. Em vez de buscar alianças com outros países do Sul Global, o país passou a seguir cegamente os interesses de Washington e Tel Aviv, mesmo que isso custasse caro em termos comerciais, ambientais e diplomáticos. Rejeitou parcerias estratégicas com China e países europeus em nome de um alinhamento ideológico que nos isolou. Abriu mão de ser protagonista internacional para se tornar um papagaio de discurso extremista. E pior: tudo isso foi vendido ao povo como “independência”.

Na economia, a tática foi a de terra arrasada. Privatizações em ritmo de liquidação. Entrega de riquezas naturais a preço de banana. Desmonte das políticas de proteção ao trabalho. E o retorno de um neoliberalismo predatório, mascarado de “liberdade econômica”, que só favorece grandes grupos empresariais estrangeiros. Enquanto o povo agonizava com fome, inflação e desemprego, o governo celebrava números fictícios e idolatrava bilionários. Não houve projeto de nação — houve um projeto de submissão.

E no campo simbólico, o mais perverso de todos, foi instalada uma verdadeira guerra cultural. Destruiram artistas, queimaram livros com discursos, silenciaram jornalistas, invadiram instituições culturais, militarizaram o pensamento. O bolsonarismo odeia a arte porque a arte liberta. Odeia a cultura porque ela denuncia. Odeia o pensamento porque ele transcende. Tentaram reescrever a história, minimizaram a escravidão, glorificaram a ditadura, atacaram movimentos negros, indígenas, LGBTQIAPN+, tudo em nome de uma tal “tradição” que nunca existiu. O Brasil que o bolsonarismo quer é o Brasil da senzala, da bala e do púlpito.

A questão é clara: o bolsonarismo é uma ideologia anti-Brasil. Anti-brasileira. Anti-nacional. Seu DNA é o ressentimento. Sua retórica é a guerra. Seu combustível é o ódio. E seu único projeto real é a destruição do que nos torna um povo livre, diverso, criativo e soberano.

Não se trata de esquerda contra direita. Isso é raso demais. Trata-se de civilização contra barbárie. De democracia contra autoritarismo. De soberania contra servidão. O bolsonarismo não quer um debate democrático. Ele quer uma guerra santa, onde só sobreviva quem repetir seus dogmas, idolatrar seus líderes e aceitar ser manipulado. E é por isso que combatê-lo não é uma escolha política — é um imperativo ético.

O Brasil precisa de um novo projeto de soberania — que não se curve a Washington, que não se prostitua ao mercado, que não se ajoelhe para fanáticos de púlpito e nem para fardas que sonham com a volta do regime. Um projeto que defenda a educação, a ciência, a cultura, a Amazônia, os povos originários, a pluralidade religiosa e a justiça social. Um projeto de país para brasileiros — e não para seguidores de ideologias importadas.

A soberania de uma nação começa pela coragem de romper com seus algozes internos. E enquanto parte do povo continuar com a mente colonizada por youtubers extremistas, pastores mercenários, empresários que odeiam o Brasil e políticos que se vendem por emendas, a luta será longa. Mas ela é inevitável. Porque a mentira tem pernas curtas — e a verdade, mesmo torturada, resiste.



Abrantes F. Roosevelt, 02 de Agosto de 2025

Comentários