Artigo 01 - Mudanças Climáticas
Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt
Mudanças Climáticas
As mudanças climáticas são uma ameaça para a vida do planeta terra, e as forças das atividades antrópicas estão como as principais causas destas ameaças, principalmente no atual aquecimento do globo terrestre, que afeta tanto a vida existente na biosfera, apesar de não serem as únicas causas culpadas por estas mudanças, outros fatores agravarem este cenário, como a ótica dos processos naturais da própria terra, que participam através das forças internas e externas que seus próprios eventos naturais ocasionam.
Uma destas interferências drásticas esta incluída perfeitamente neste cenário, fenômenos referentes as variações de intensidade da luz solar, que são fatores que potencializam o aumento da temperatura da terra, variação que junto com as modificações causadas pela interferência humana, vem causando a extinção em massa de faunas e floras, incluído a isto esta também o sumiço de rios e o degelo das calotas do ártico e antártico, atividades vem provocando um desequilíbrio e desajuste agressivo no ambiente natural do planeta terra.
As mudança do clima, mudança climática ou alteração climática, são todas referentes à variação do clima em escala global ou dos climas regionais da terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos climáticos em relação às médias históricas.
Estas mudanças podem estar relacionadas a causas de mudanças no estado médio da atmosfera em escalas de tempo que vão de décadas até milhões de anos. Estas alterações podem ser causadas por processos internos ao sistema terra-atmosfera, ou seja por forças externas, como por exemplo, as variações na atividade solar, ou pode esta relacionado em causas mais recentemente observadas, e mais usadas nos nossos tempos atuais, como mudanças climáticas resultado da atividade humana.
Esta ultima, porem esta sendo bem mais aceitas pelos estudiosos contemporâneos, que fazem analises, estudos e pesquisas sobre as ultimas mudanças climáticas registradas no planeta terra, principalmente as que foram registradas nos últimos cento e cinquenta anos, datas relacionadas as intervenções e mudanças mais agressivas e sistemáticas no sistema geográfico, ambiental e biológico do nosso ecossistema planetário.
Portanto é preciso compreender que entende-se as mudanças climáticas tanto de um ponto de vista a um efeito de processos naturais ou decorrentes da ação humana e por isso deve-se ter em mente que tipo de mudança climática se está referindo. O certo porem, é que algo vem mudando o comportamento do clima do planeta, e isto afeta a toda a nossa espécie e de maneira homogenia e singular.
As causas naturais, são denominadas como um fenômeno da mudança do clima, é um evento que pode acontecer de forma natural. Assim, esse fenômeno pode ter causas com origem externa, ou seja de fora do planeta ,bem como origem terrestre.
As Influências Externas, são dentre as muitas causas com origem de fora do globo terrestre, temos as causas com origens solares, que vão desde a variação da energia solar que chega a terra até a variação da própria órbita terrestre.
O ciclo solar, é um mecanismo natural, que esta intimamente ligado a toda vida existente e mantenedora do planeta. A temperatura da terra depende do sol, que emite radiação em direção ao planeta. Esta radiação é nomenclatura como radiação solar, que em parte é refletida para o espaço e o restante é absorvido pela terra em forma de calor.
Esta energia não chega à terra de maneira uniforme, apesar do sol ser uma estrela de classe G e ser muito estável, essa energia aumenta cerca de 10% a cada um bilhão de anos, ou seja, no início da vida na terra, quase quatro bilhões de anos atrás, a energia do sol era em torno de 70% da atual.
Outro tipo de variação da radiação solar ocorre em decorrência dos ciclos solares, que são mais importantes que a primeira, no que diz respeito à mudança do clima terrestre, visto que essa variação é uma oscilação e não somente um crescente e ocorre em períodos mais curtos.
O Ciclo Solar é uma variação de intensidade do vento solar e do campo magnético solar, estudos de heliosismologia comprovaram a existência de vibrações solares, cuja frequência cresce com o aumento da atividade solar, acompanhando o ciclo solar que dura em média de 11 anos com mudança no ritmo das erupções, além da movimentação das estruturas magnéticas em direção aos polos solares. Tais mudanças resultam em ciclos de aumento da atividade geomagnética da Terra e da oscilação da temperatura do plasma ionosférico na estratosfera de nosso planeta.
A variação orbital, também é causa de mudança climática, este fenômeno astronômico conhecido como variação orbital, ou seja, o aumento, ou diminuição, das radiações solares devido às variações no movimento da Terra em relação ao sol, podem ser responsáveis pelo os níveis de aumento de temperatura, aquecendo assim o planeta demasiadamente.
Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt
Apesar da variação da radiação solar pelos ciclos solares e pelo aumento gradual ao longo de bilhões de anos resultar em certa estabilidade, o mesmo não podemos dizer das variações da órbita terrestre. A variação orbital ocorre periodicamente, fazendo com que a radiação solar chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos. Esta variação provoca as glaciações. Os Fatores que causam essa variação são três: a precessão dos equinócios, a excentricidade orbital e a Inclinação do eixo terrestre.
As Influências Internas, são provenientes de várias causas e origens, que modificam drasticamente a mudança do clima terrestre, e que complicam ainda mais a sustentação da vida biótica e abiótica do planeta. Dentre estas oscilações temos: A Deriva dos Continentes, O El Niño e A La Niña, Vulcanismo e a Variação na Composição Atmosférica.
As mudanças do clima oriundas da deriva dos continentes, que aproximando ou afastando-se dos polos, geram enormes influencias nas mudanças climáticas do planeta. A movimentação das placas tectônicas, que em medições da geofísica, afastam-se dois cm ano, uma das outras. E sobre a astenosfera, ocorre algo em torno de um centímetros por ano, o que poderia provocar um distúrbio na atmosfera. Os movimentos orogenéticos de formação de montanhas também poderiam estar prejudicando a circulação dos ventos.
Apesar do homem moderno, atuar como um agente dominante, extremamente nocivo a saúde do planeta terra. Outros fatores naturais também colaboram para um indeferimento continuado do equilíbrio biológico, atmosférico e geológico dos sistemas.
As super tempestades por exemplo ocorridas na Argentina são ainda um enigma pouco compreendido e este fenômeno apesar de não apresentar mudanças significativas as características importantes para manutenção da vida na terra, e de ocorrer apenas numa escala local, pode ser uma pequena amostra atenuante de um somatório de outros eventos provocados por mudanças humanas no relevo da terra.
Alguns destes fenômenos ainda são completamente conhecidos, e é difícil concluir se eles podem ou não ser causados por interferências humanas ou por um somatório de eventos evoluídos e produzidos da própria. Ainda não se é possível concordar que tais eventos podem causar serias danos a vida como a conhecemos, ou se eles em um futuro próximo serão a causa de nossa extinção.
Algo que se pode afirmar é que tais eventos naturais somados a fatores antrópicos podem nos levar a um caos ecológico e ambiental. Como tudo esta interligado e junto a isto as nossas próprias ações como fator de mudanças, a espécie humana precisa mudar para não se mudar da terra, ou desaparecer dela. Como causas de um fator natural de mudança climática da própria terra, esta uma evolução meteorológica de sistema orgânicos internos atmosféricos agindo como um modificador do clima, trata-se dos fenômenos climáticos O El Niño e A La Niña.
Os fenômenos conhecidos como O El Niño e A La Niña, promovem mudanças na temperatura da água de partes do Oceano Pacífico. A mudança da temperatura das águas influencia a intensidade dos Ventos Alísios que pode fazer com que massas de água quente, e massas de ar também, se desloquem no Pacífico de forma diferente dos registros das médias históricas. As Variações de intensidade dos Ventos Alísios influenciam a pressão atmosférica no oceano, afetando vários fenômenos climáticos em todo o mundo.
Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt
O Vulcanismo, também provoca alterações nas mudanças do clima, este evento produz partículas emitidas pelos vulcões, os aerossóis que refletem a luz solar, impedindo que parte dela chegue à superfície. Assim, nos anos que se seguem a grandes erupções vulcânicas, como a do Monte Pinatubo 1991, observa-se um resfriamento do sistema climático da Terra. Para que haja efeito perceptível em escala global ao longo de mais de um ano, é necessário ao menos 100 mil toneladas de SO2 em suspensão na estratosfera.
Outra preocupação dos estudiosos de todo o mundo, esta no comportamento dos gases na atmosfera que promovem as variações na composição atmosférica, fatores que também modificam e modelam os climas do nosso sistema planetário.
O efeito estufa é a retenção de parte do calor que seria emitido de volta ao espaço pela Terra. Alguns gases, chamados gases estufa, têm a propriedade de obstruir raios infravermelhos, aumentando a temperatura da superfície.
Este fenômeno torna possível a vida na Terra, por se trata de um evento natural da própria terra, mais uma vez que sem ele as temperaturas médias seriam vários graus abaixo de zero. Especificando que, se este evento, possuir um nível de equilíbrio mensurado, porem se os gases suspensos na atmosfera estivem em demasia, poderão provoca um efeito inverso, ou seja em vez de baixas temperaturas, pode produzir um super aquecimento no globo da terra.
Ele ainda age de forma a amplificar outras forças, como por exemplo as variações orbitais. Desta forma, um desequilíbrio energético relativamente pequeno em seu início pode toma proporções mais intensas, e de escala global.
As causas antrópicas, porem são as mais estudadas atualmente, em todos os níveis das ciências, e diferente do que tudo que vimos acima abordado, refutam e exigem retificações das verdadeiras causas das mudanças climáticas.
Atualmente registra-se muitas mudanças no relevo da terra, principalmente na parte geológica, biológica e atmosférica do planeta. O ecossistema do nosso planeta nunca sofreu tantas modificações e intervenções físicas, estruturais e de biossistema, como as registradas nos últimos cinquenta ou cem anos.
As inúmeras revoluções sociais, politicas, financeiras e de consumos, interferiram drasticamente não só em nosso comportamento com a terra, mais em nosso estilo de vida. A exploração dos recursos naturais atualmente consomem nada mais, nada menos do que cinco planetas terras iguais ao nosso.
O consumo de massa, que tem como base a ideologia capitalista financeira, retrata um desequilíbrio imensurável, onde a extração de recursos naturais ultrapassa o tempo de reposição deste mesmo consumo, isto quando acontece estas reposição, fator que é pouco ou quase nada é feito nesta relação de desequilíbrio. Onde se consume muito do planeta e quase nada se repõem a ele.
Esta relação parasitaria de nossa espécie com a terra, vem nos últimos anos, matando literalmente o nosso planeta e as convenções internacionais e os seus tratados de Tordesilhas atuais, quase que no total não tomam, ou não se sair com um plano efetivo de redução de consumo de recursos naturais ou de emissão de gases do efeito estufa.
No entanto as mudanças climáticas contemporâneas e a força das atividades antrópicas como as principais causas do aquecimento do globo terrestre, são hoje as mais aceitáveis e que tem maior compreensão, e uma teorização mais fortificada com melhor concordata entre os estudiosos.
As emissão de gases do efeito estufa, são vistas modernamente pelos estudiosos do mundo inteiro como um principal agente em potencial do aquecimento global, que produz o efeito estufa, oriundos de gases do efeito estufa e principalmente da poluição atmosférica, que causam hoje o que chamamos de super aquecimento planetário ou global.
A partir da Revolução Industrial o homem passou a emitir quantidades significativas de gases estufa, em especial o dióxido de carbono. Neste período, a concentração original de 280 ppm, deste gás cresceu até os atuais 400 ppm, o mesmo que particular por milhão, intensificando significativamente o efeito natural original da terra. Assim, as atividades humanas passaram a ter influência importante nas forças climáticas.
O feito estufa é um evento natural da terra, mas o que se estuda aqui neste capitulo, são exatamente, este mesmo evento com complicadores adicionais aos gases do estufa, em especial ao dióxido de carbono, estes que porem vem aumento os níveis de temperatura do planeta.
Diferentemente do que foi abordado no capitulo anterior, onde as causas seriam os eventos dos processos naturais da própria terra, advindos por forças internas e externas e incluindo as variações na intensidade da luz solar.
Verifica-se no entanto uma discrepância das informações, e verdades que tais informações procedem e contribuem com as mudanças do clima, mais ficam outras evidencias de origem antrópicas mais contundente para serem analisadas que dão bastante sustentação que grande parte das mudanças climáticas em boa parte, foram contribuições do próprio homem como espécie dominante e transformador dos elementos naturais.
Alguns fatores antropogênicos que podem endossa tais afirmações e adicionam a um aumento no clima do planeta incidentes e oriundas do dióxido de carbono, incluem o desmatamento, a queimada dos combustíveis fósseis, o cultivo do gado, monocultura agrícola, modificação na geologia da superfície terrestres, extração em massa de recursos e matéria prima naturais, consumo inadequado e irresponsável de água, como represamento e barragem de rios, desvios dos cursos naturais de rios e afluentes, perfuração de poços artesianos para o consumo industrial e residencial, modelação e transformações de ambientes naturais, consumo de madeira e extratos naturais oriundos de florestas nativas, bem como outras praticas que degeneram e contribuem para as mudanças climáticas.
Uma pergunta bastante significativa e que merece uma reposta plausível para o que esta acontecendo como o nosso planeta, são abordadas o tempo todo pela comunidade cientifica e pela população em geral. O que é então de fato e de direito o Aquecimento Global? Quais as suas causas? Que fatores nos levam a atribuir que este evento é um vilão que adoece cotidianamente o planeta em que morramos? Quais as soluções? Ainda é possível salva-lo e evitamos a nossa própria extinção?
O Fenômeno conhecido como Aquecimento global, evidencia-se pelo o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra que pode ser consequência de causas naturais e atividades humanas. Isto se deve principalmente ao aumento das emissões de gases na atmosfera que causam o efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2).
O efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a superfície da terra, essa camada composta principalmente por gás carbônico (CO²), metano (CH4), N²O (óxido nitroso) e vapor d água, é um fenômeno natural fundamental para manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.
Normalmente parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e retorna diretamente para o espaço, outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e uma parte é retida por esta camada de gases que causa o chamado efeito estufa.
O problema não é o fenômeno natural, mas o agravamento dele. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa (GEEs), esta camada tem ficado cada vez mais espessa, retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da atmosfera terrestre e dos oceanos e ocasionando o aquecimento global.
Uma das muitas perguntas relacionadas sobre o tema está: Quais as principais consequências do aquecimento global? Ele realmente esta acontecendo? Nossa Espécie esta contribuído com este Fenômeno? Nós podemos evita-lo? Ou a terra possui este sistema natural e será inevitável conte-lo?
São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta. Este fenômeno apesar das muitas duvidas, especulações e discussões entre os governistas, cientistas, membros de instituições não governamentais, ativistas sócio-econômico-ambiental e a população em geral, não deixam duvidas sobre a gravidade do assunto, algo esta acontecendo e tais problemáticas dizem respeito a nossa casa, aos ambientais naturais, ao nosso planeta como um todo.
Os cientistas já observam que o aumento da temperatura média do planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis) com graves consequências para as populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar a extinção de espécies de animais e de plantas.
As mudanças climáticas podem ter causas naturais como alterações na radiação solar e dos movimentos orbitais da Terra ou podem ser consequência das atividades humanas. Isto é possível, não esta descartado, mais é bem real, o fato de nossa espécie, também esta neste exato momento da historia, esta contribuindo continuamente para que tais ocorrências estejam aumentando as mudanças do clima da terra.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem.
Esta informação fica justificada a partir das observações ao longa da historia do homem como espécie dominante, que durante o seu crescimento social, passou a fazer grandes transformações ambientais por onde esteve geograficamente instalado e habitando. Estas realizações feitas pelo homem, esta mais bem observadas, principalmente nos últimos 50 anos, onde produziu-se enormes modificações e alterações no relevo da biosfera da terra. O ecossistema planetário foi no entanto o setor que mais sofreu com as intervenções humanas.
A Revolução Industrial, acompanhada pelo desenvolvimento socioeconômico do homem, passou a emitir desde então grande e maciças quantidades significativas de gases de efeito estufa (GEE), em especial o dióxido de carbono. Neste período, a concentração original de 280 ppm4 deste gás cresceu até os atuais 400 ppm5, intensificando significativamente o efeito estufa. Assim, as atividades humanas passaram a ter influência importante nas mudanças climáticas.
As principais atividades humanas que causam o aquecimento global e consequentemente as mudanças climáticas são: a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento. Todas estas atividades emitem grande quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.
No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior parte das nossas emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais em emissões de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e estocar CO².
Mas quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Mas as emissões de GEE por outras atividades como agropecuária e geração de energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos.
Os principais gases de efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso. O CO2 é o gás que tem maior contribuição para o aquecimento global, pois representa mais de 70% das emissões de GEE e o seu tempo de permanência é de no mínimo cem anos, resultando em impactos no clima ao longo de séculos. A quantidade de metano (CH4) emitida para a atmosfera é bem menor, mas seu potencial de aquecimento é vinte vezes superior ao do CO2.
No caso do óxido nitroso e dos clorofluorcarbonos (CFCs), suas concentrações na atmosfera são menores, mas o seu poder de reter calor é de 310 a 7.100 vezes maior do que o CO2. Portanto este ultimo se torna um vilão bem perigoso para o equilíbrio térmico do planeta.
Os países que mais emitem gases de efeito estufa, são os que historicamente, por conta do desenvolvimento industrial, são os países desenvolvidos, e tem sido eles no entanto os mais responsáveis pela maior parte das emissões de GEE.
Atualmente, os países em desenvolvimento, também vêm contribuindo com o aumentando consideravelmente em suas emissões. Dados atuais revelam que países como a China ocupa o primeiro lugar do ranking, seguido por Estados Unidos, União Europeia e pelo Brasil, em níveis de emissões de gases nocivos ao equilíbrio térmico planetário.
Existem modernamente várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e os efeitos no aquecimento global. Estas boas praticas estão intimamente ligadas ao comportamento de nossa especie em relação ao uso e consumo de nossos recursos naturais. Entre elas estão na diminuição do desmatamento, investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais, incentivar o uso de energias renováveis não convencionais, tais como a energia solar, eólica, biomassa e na instalação de PCH´s – Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Outras praticas boas seria, preferir utilizar biocombustíveis, como o etanol, e o biodiesel, em vez de combustíveis fósseis a gasolina, e a óleo diesel, investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética, reduzir, reaproveitar e reciclar materiais, investir em tecnologias de baixo carbono, melhorar o transporte público com baixa emissão de GEE, são algumas das possibilidades e praticas que melhorariam a qualidade do ar, do equilíbrio ecossistemático da biodiversidade e evitaria o consumo exacerbado e irresponsável de recursos naturais. O que nos faria retira da natureza só o necessário para a nossa manutenção de vida sobre a terra.
O Consumo correto de recursos naturais, é talvez a única formula de mantermos uma relação de equilíbrio com o planeta, estas medidas podem ser estabelecidas através de políticas nacionais e internacionais de clima, de estudos e experiências que mantenham o consumo igual as necessidades reais de nossa espécie, sem que com isso destruamos a nossa casa, o nosso lar, o planeta terra.
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês) é uma base de cooperação internacional em que os seus países membros buscam estabelecer políticas para reduzir e estabilizar as emissões de gases de efeito estufa em um nível na qual as atividades humanas não interfiram seriamente nos processos climáticos.
Esta convenção é uma pratica real dos governos do mundo, reunirem-se em assembleia para discutir e buscar soluções para as mudanças climáticas que afetam as pessoas como um todo e de forma coletiva.
A primeira reunião aconteceu em 1992 durante a Eco 92, Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro, o texto da convenção foi assinado e ratificado por 175 países, reconhecendo a necessidade de um esforço global para o enfrentamento das questões climáticas. Com a entrada em vigor da Convenção do Clima, os representantes dos diferentes países passaram a se reunir anualmente para discutir a sua implementação, estas reuniões são chamadas de Conferências das Partes (COPs).
O Protocolo de Quioto assinado é um tratado internacional que estipulou as metas de reduções obrigatórias dos principais gases de efeito estufa para o período de 2008 a 2012. Apesar da resistência por parte de alguns países desenvolvidos foi acordado o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada.
Assim, os países desenvolvidos e industrializados, por serem responsáveis historicamente pela emissões gases do efeito estufa e por terem mais condições econômicas para arcar com os custos seriam os primeiros a assumir as metas de redução até 2012.
Em 2012, durante a COP 18 em Doha, quando estava previsto a finalização do Protocolo de Quioto, foi observado o não atingimento das metas por diversos países e o protocolo foi prorrogado até 2020. Em 2020, quando o Protocolo de Kyoto perder sua validade, espera-se que os países busquem um novo acordo com metas para todos os países, incluindo os países em desenvolvimento. Essa será a principal discussão da COP de 2015, em Paris.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL é um instrumento que integra o Protocolo de Quioto e permite que os países desenvolvidos, invistam em projetos para redução de emissões em países em desenvolvimento. As emissões reduzidas são contabilizadas e geram créditos de carbono que podem ser comercializadas no comércio de emissões.
Este instrumento de mercado possibilita que os países que tenham obrigatoriedade de reduzir suas emissões possam comprar créditos de carbono de um país que já tenha atingido a sua meta, e, portanto, tem créditos excedentes para vender.
Outro mecanismo bastante útil e usado pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, órgão responsável pela tentativa de diminuir os gases do efeito estufa, é a implantação do REDD.
O REDD é uma sigla que significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, este mecanismo foi criado para incentivar que as florestas sejam preservadas para evitar o desmatamento e consequentemente as emissões de gases de efeito estufa.
Este mecanismo surgiu em 2013, durante a Conferência das Partes em Bali na Indonésia, posteriormente incluíram no seu conceito atividades de conservação, manejo sustentável das florestas em países em desenvolvimento, denominado REED+ (REED plus, em inglês). Embora a Política Internacional de REDD ainda esteja em construção, já existe uma série de iniciativas no mundo que estão aplicando este mecanismo.
No Brasil muitas ONG´s envolvidas com questões socioambientais em parceria com o governo do Acre vem apoiando a construção do REDD no âmbito do programa de pagamentos por serviços ambientais. O REDD é uma importante ferramenta para os países com florestas nativas para contribuir para a conservação, redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa.
Abrantes F. Roosevelt, 23 de Dezembro de 2018
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