Artigo 07 - Qual Será o Futuro da Floresta Amazônica Brasileira


    Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt



Qual Será o Futuro da Floresta Amazônica Brasileira


O ano de 2020 e de 2021 tem sido para o maior ecossistema natural e biológico da terra uma dura prova de resistência, resiliência, mitigação e persistência para a nossa exógena floresta úmida e diversa do nosso pequena planeta... E pelo ritmo das maquinas, da ambição, dos lucros, das derrubadas, dos desmatamentos e das queimadas, a nossa Floresta Amazônia não deve ficar de pé por muito tempo... E provavelmente as nossas futuras gerações não chegaram a vê-la em sua plenitude.

As estimativas mais conservadoras elencadas por institutos, órgãos e ONG´s que fazem o monitoramento e a proteção da floresta amazônica escalam um período restrito de no mínimo 20 anos para que toda a flora, fauna e outros atributos bióticos e abióticos seja simplesmente suprimida e absorvida pelo agronegócio, extrativismo, garimpo e ocupação rural....

Estudiosos e ambientalistas de todo planeta garantem que se nada for feito para frear estas empreitadas impostas contra este importante patrimônio natural, a floresta amazônica correr o risco de desapareça da face da terra nas próximas duas décadas, tendo com resultado o maior deserto de cinzas já produzido pela raça humana em toda a sua historia....

Especialista também observam que o agressivo Agronegócio Brasileiro esta dando um tiro no próprio pé em seus preciosos investimentos, quando derrubam a floresta, pois os regimes de chuvas que contribuem para que os pastos fiquem verdes e que as monoculturas cresçam sobre o solo, dependem exclusivamente dos rios flutuantes que são originados pelas chuvas formadas pela transpiração da própria floresta amazônica... Ou seja... Sem floresta..... Não há transpiração.... Não há chuvas... Não há rios subterrâneos... Não rios de superfície .... Não há lagos... Não há lagoas... Não há pastos e não há plantação ou colheita.... Os rios subterrâneos secam... Os rios de superfície morrem e a terra fica árida e seca como um deserto... Sobrando apenas um enorme deserto de cinzas e terra fofa...

Uma prova da intervenção humana em sistemas naturais ficou registrada em 02 de agosto de 2019, algo neste dia inusitado, estranho e atípico, evidenciou um comportamento da natureza, no mínimo, muito errado, modificando a atmosfera terrestre do planeta terra, principalmente observados nas regiões que vão desde o norte, centro oeste, sul e sudeste do território nacional do Brasil, em particular, sobretudo na região da cidade de São Paulo, onde varias pessoas avistaram nos céus, um verdadeiro mar de cinzas que invadiu literalmente toda a paisagem do centro urbano da maior floresta de concreto e pedra da América Latina.

A cidade de São Paulo ficou em plena tarde de um sol a pino, com um calor de quase 38 graus, repentinamente nublada, abafada e irrespirável, a linda sampa ficou completamente escurecida e em penumbra, ou seja, o dia virou noite, a luzes acenderam mais cedo nos postes, os poucos pássaros silenciaram e tudo isso em fração de minutos. Segundos depois uma leve chuva fina, compacta e enegrecida formada por partículas solidificadas de carbonato, enfeitou as ruas da capital de São Paulo com pintinhas pretas e cinzas, os carros, os prédios e as fachadas de lojas, escolas, igrejas, bares, empresas e outros prédios da região ficaram sobre um tórrida chuva de cinzas.

Depois da fina chuva, um forte nevoeiro de cinzas e fuligem ainda mais compacta do que a primeira, tratou de tampar de vez o sol que escapava pelas brechas das nuvens, minutos mais tarde, uma chuva torrencial de cor acinzentada, tomou o lugar das calçadas, das praças, do que restou da claridade, e do clima temperado. As cinzas enfim envolveram literalmente todas as ruas e ladeiras da cidade, tornando a paisagem fria da região sudeste em um mar quente de lama preta e viscosa.

A cidade de São Paulo se deparou com um fenômeno atípico, apocalíptico, tenebroso e envolto a penumbra, tudo isto até poderia ser obra do sistema natural da própria terra, ou o cumprimento do que há de mais horrível na bíblia, como é o caso de um possível e ajuizado fim do mundo, ou ainda obra de mecanismos mecânicos produzidos pela ação transformadora da terra, como são as erupções vulcânicas, os terremotos, tornados, tsunamis, dentre outros, o que não era o caso do Brasil na ocasião.

Algo um pouco parecido com isso ocorreu também em São Paulo em Outubro de 2021, uma terrível tempestade de areia, ventos fortíssimos e um amontoado de lixo urbano cobriram varias cidades do interior da grande São Paulo, tornando o cenário da região em algo apocalítico, tenebroso e aterrorizante.... Um fenômeno produzido especificamente pela interferência humana e que esta continuamente associado a destruição de ambientes naturais...

Esta tempestade de areia que aconteceu especificamente nos interiores de São Paulo, conhecida como "haboob", foram causadas por temporais de chuva com ventos fortes que ao entrarem em contato com o solo muito seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação. Isso acaba criando um "rolo compressor" de sujeira que pode chegar a até dez quilômetros de altura.

Esta eventualidade muito atípica e agora corriqueira nos chama a atenção por outro detalhe especifico, este acontecimento não foi somente promovido pela ação da natureza, mas também inferida por manobras mecânicas, provocadas por ações humanas, e também inicialmente realizadas na região sudeste, mas sim em outra região do Brasil, mais precisamente na região norte, no ciclo amazônico.

Estas intervenções negativas recentes na região amazônica causam preocupação e certa cautela quando o assunto é a proteção deste importante ecossistema biológico, visto que tudo que acontece neste ambiente, certamente prejudicará toda a cadeia vivente do nosso planeta, com mudanças abruta de clima, regime mais curto de chuvas, desequilíbrio na temperatura media e tênue da atmosfera terrestre, perda da fauna e flora, encurtamento e até a destruição de rios e lagos, diminuição da quantidade e qualidade de agua potável disponível, extinção em massa de biodiversidade macro e micro biológico, além do empobrecimento direto do solo.

Neste aspecto a Floresta Amazônica no Brasil esta literalmente com os seus dias contados, ou seja, melhor observando com os seus anos de vida úteis devidamente cronometrados, o que apontadamente em seu ciclo não natural, caminha de forma certa e liquida para uma contagem perigosamente progressiva, catastrófica e agressiva, no melhor dos estudos observados, traça-se linearmente, uma trajetória de um caminho sem volta.

As estimativas são as mais péssimas possíveis, acredita-se que em menos de dez anos a maior floresta tropical do mundo esteja literalmente extinta. Apesar de sua extrema importância para o equilíbrio da atmosfera terrestre, o fator mais atenuante esta na destruição da maior reserva de água doce superficial disponível ao consumo dos seres humanos, bem como há preocupação sobre a mais gigantesca e única biodiversidade viva que ali existe.

Pesquisadores, ambientalistas, ativistas e estudiosos das áreas ambientais e ecológicas confirmam que se nada for feito para frear esta constante destruição, a Floresta Amazônica será totalmente derrubada e reduzida as cinzas, isto talvez em um menor curto prazo de tempo ainda estipulada. Infelizmente os planos capitalistas desejam que em seu lugar, estarão plantadas as maiores e diversas modalidades do agronegócio.

Atualmente os grandes latifundiários, aliados aos interesses político-partidários, aos capitalistas do setor agropecuário e as correntes ruralistas ultraconservadoras, visão com a queda da floresta, um objetivo único e famigerado, o lucro imediato, que no primeiro momento, devem ganhar dinheiro com a extração de madeira e posteriormente com o plantio de monoculturas diversas e a ocupação de gado para corte.

A fúria do agronegócio, a ganancia do capitalismo agroindustrial, o ritmo frenético e comportamental do novo consumo, as demandas internacionais por produtos de origem animal e vegetal, o crescente aumento por produtos naturais e saudáveis, vem exigindo dos produtores, uma nova abertura de mercados e de produtos.

Infelizmente estas novas demandas tem sido reforçadas pelas decisões unilaterais, econômicas e politicas assumidas recentemente pelo governo Bolsonaro, que estão facilitando o avanço destas novas e infundadas investidas do agronegócio, o que encontra partida coloca em cheque a integridade física da maior floresta tropical do mundo, um bom exemplo disto esta estampada nas ultimas noticias vinculadas pelos jornais nacionais e internacionais propagandeadas aqui no Brasil e no resto do Mundo, as queimadas registradas pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais revelaram que no mês de agosto de 2019, um significativo avanço de destruições sistemáticas contra a fauna e na flora da floresta amazônica tem sido intensificado.

Algumas extensões têm sido acompanhadas mais de perto por imagens de satélites e por fotográficas de agentes florestais do Instituto Chico Mendes, as investidas da agroindústria jazem migrando principalmente para os espaços onde ficam setores biológicos importantes e de proteção permanente.
Os limites agredidos estão exatamente nos círculos identificados onde ocorreram as praticas de incêndios e de derrubada das arvores, que seguidamente estão sendo sistematicamente apropriadas e ocupadas pelo setor agro-ruralista da região amazônica, áreas que em sua grande maioria, estão localizadas dentro de perímetro protegido da Amazônia Legal, outras ficam dentro de regiões limites que deveriam ser previamente e permanentemente preservadas.

As derrubadas e as queimadas na floresta amazônica vêm acompanhadas de um afrouxamento das leis ambientais e florestais atualmente vigorantes no Brasil, vinculado a isto, esta o novo aparelhamento legal intuído pelo Governo Federal em favor ao setor agroindustrial, fatores que aliados aos fortes e ininterruptos discursos do atual Presidente da Republica, que vem viabilizando e atuando seu apoio favorável ao setor.

Recentemente os seus discursos e afirmações vem conduzindo o setor a avalizar e a balizar, as muitas justificativas de destruição em massa da floresta amazônica brasileira. Estudiosos afirmam que se não houver um controle e fiscalização por partes das instituições, ministérios, órgãos e outros mecanismos de atuação em proteção ao ambiente vivo que se encontra na região amazônica, ela dará lugar ás novas implementações agroindustriais do setor, e o risco da floresta não mais existir nos próximos dez anos é extremamente possível de ocorrer.

Neste intuito tanto o setor do agronegócio envolvido como os órgãos de proteção ambiental, devem buscar uma consenso para que haja um equilíbrio entre desenvolvimento econômico, sustentabilidade ambiental, manutenção ambiente vivo e proteção da floresta, buscando assim a preservação e conservação dos meios naturais existentes para as presentes e as futuras gerações que vierem a residir no planeta terra.

Abrantes F. Roosevelt, 17 de Janeiro de 2019


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