Artigo 27 - Um dia Histórico para a Democracia Mundial - Em Especial para a Norte Americana


Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt


Um dia Histórico para a Democracia Mundial - Em Especial para a Norte Americana


A invasão ao capitólio, centro do poder político dos Estados Unidos da América é a imagem que mais define a áurea do espírito atual dos norte-americanos. Os discursos políticos, partidárias, raciais, xenofóbicas, homofobias, sociais, morais, éticas, econômicas, religiosas e até existenciais ferveram de maneira absurdamente incomum no ano de 2020 em meio a uma das maiores epidemias do mundo moderno. O confronto político entre Republicanos e Democratas apenas reverberaram uma crise já existente entre o modelo Trumpista e o Democrático.

O dia 20 de Janeiro de 2021 se tornou um marco histórico para a honrada e mais velha democracia do mundo. A democracia se fez mais uma vez forte e resistente ao frio compromisso de poucos homens ou grupos, não se rendendo ao fascínio de sistemas totalitários e ditatórias de homens individualistas e controversos.

E neste quesito a maioria dos Norte Americanos, uma boa parte de homens e mulheres mais sensatos e coerentes, não deixaram que meia dúzia de supra idealistas, arque fascistas, supra racistas, ultraconservadores e mega xenofóbicos, manchassem mais de 200 anos de boas práticas e resistência democrática. 

No entanto, a luta para manter um sistema que tenha o povo como mandatário maior e provedor universal das escolhas e dos rumos que regem as questões sociais, civis e econômicas do país, resistiu mais uma vez ao fascismo da opinião totalitário de um único indivíduo.

A constituição Norte Americana persistiu bravamente a horríveis e turbulentos quatros anos de uma completa absurda intolerância ideológica. Atribuições conceituais forjadas fortemente por alicerces volvidos a imposições individuais, discursos totalitários, ideais supremasistas e agitações radicais.

Atividades antidemocráticas que muitas das vezes fomentadas por regramentos políticos arbitrários, notícias falsas, totalitarismo étnico, individualidade de casta, xenofobismos, racismos, homofobias, monopólio financeiro, desmantelamento cultural, desconstruções sociais de base e ao abandono quase que total de muitos acordos sociais e econômicos que quase provocaram um colapso total na maior, firme e mais forte democracia do mundo.

Estes terríveis acontecimentos ideológicos, aliados a outros devaneios pessoais insurgentes que em grande parte regidos as mais variadas formas, ordenamentos e regramentos igualitários de totalitarismos, colocaram o USA em inúmeras guerras civis e urbanas, algumas jamais vistas em tamanha proporção e repercussão social a mais de dois séculos.

As adversidades e contrassensos ideológicos mobilizaram conflitos sociais antigos e pertinentes na sociedade americana, fatores que foram implodidos sobre as massas mais oprimidas dos estados unidos, localizadas principalmente em periferias das cidades americanas, fizeram irromper gritos de luta contra a descriminação social, cultural, econômica e racial em uma dinâmica uniformemente severa, agressiva e violenta. Uma dialética social que levantou discussões prioritariamente raciais e sociais durante praticamente todo o ano de 2020. E isto tudo acontecendo em meio a pandemia do século, doença respiratória causada pela corona vírus, a Covid 19.

Estes acontecimentos políticos, sociais, econômicos e sanitários, ocorrido durante o governo do agora ex-presidente Donald Trump, foi uma prova de fogo contra a constituição Americana. As inúmeras guerras ideológicas e confrontos sociais ocorridas entre democratas e republicanos, tiveram forte embate entre brancos e negros, entre governo e latinos, entre ricos e pobres e prioritariamente entre grupos partidários controverso que tornaram a nação americana e os seus cidadãos romanos adoradores de gladiadores, um palco perfeito para batalhas matinais e diárias, tudo televisionado e gravado pelos celulares e câmeras de televisão.

A discriminação social e racial não somente estava escancarada nos estados unidos, mais passou a ser gravado e documentados pelo mundo inteiro. O racismo estrutural e o preconceito social estavam sendo literalmente filmados e divulgados pelas redes sociais.

Algo que se sua prática tinha dúvidas em existir no mundo, sem dúvidas, agora não havia mais em sua busca. O racismo era real, o preconceito era real e as outras formas de discriminação que imperava nas ruas do mundo, eram todas reais. E logo após isso, depois que Jorge Floyd foi morto brutalmente nos estados unidos, um grito diferente ruminou nas avenidas e praças, a pronuncia.... “Vidas Negras Importam”... Começou a ecoa nas ruas de todo o mundo. A guerra havia se iniciado.  

Estes gritos por justiça social tinham que ser ouvidos, pois antes disso, observou-se que uma sombra de escuridão humanitária cobria os americanos de tal maneira que os colocava uns contra os outros, tornando-os inimigos de guerra dentro de seu próprio país. E todo esse ódio não se amplificava por conta da opinião individual de um grupo idealista branco, mais de um líder branco que se fez maioria na multidão de gente diversa e colorida do mundo. Eram as suas ideais que inflamavam a guerra social e não um grupo minoritariamente gente que se igualava a uma raça ariana. As vezes um líder mal-intencionado pode pôr fogo não somente em sua casa, mais nas casas de muitas pessoas pelo mundo.

Infelizmente, algo parecido foi exportado ou copiado para o Brasil, e ao que parece, tudo foi trazido como subterfugiu ideológico, para apoia a família Bolsonaro nas eleições de 2018. Uma vertente ideológica e totalitária construída sobre o verbete Trumpista republicano. Ideias imprimidas em um catalogo de ódio para impor conjuntos estruturais de base elitizada, uma espécie de guerra fria aos moldes do antigo conflito político, ocorrido no século passado, entre União Soviética (Socialista) e Estados Unidos (capitalistas). Uma espécie de corrida de poder, onde os vencedores, ficam com o eleitorado controlado e pacificado.

Trata-se de um artificio político destrutivo e antiético, atos individualistas que vem colocando a população no limite de suas forças comunitárias e lutas sociais, uma fragmentação que tem alterado a percepção de realidade da sociedade, dividindo-a em porções cada vez mais minúsculas, indiferentes e diversas, fatores que colaboram para que este manto de idealismo Trumpista faça do reduto de Brasília, mais uma podre e fascista conjunção de totalitários, manejos que apesar de inofensivos, podem tomar proporções universais, formando um capital humano com conteúdo, força ou forma de origens desconhecidas da nossa constituição.

Um movimento antidemocrático que age solenemente sobre os porões do poder público do estado maior, atos que podem promover riscos tão terríveis e perigosos que comprometeriam a governabilidade democrática, inutilidades dispensadas em um país que já é fragilizado e atacado por corrupções e desigualdades. 

Neste cenário, observa-se que o Brasil já está em um manto de conflito que envolvem diretamente correligionários Bolsonaristas e petistas, um embate que viabiliza mais uma guerra fria fora dos limites Europeus.

Uma batalha idealista que fez os nossos gestores advogarem por causas mais simplistas e inúteis, como o negacionismo desenfreado que se ratificou declaradamente pelas autoridades políticas do Brasil. Fatores que acabaram colocando para um segundo plano os diversos e múltiplos problemas que temos em nosso país, alguns seríssimos, como a falta de controle e da não intervenção sanitária que deveria ser feito sobre a invasão do Covid 19 no início desta crise. Atitudes que causaram posteriormente o fechamento das atividades produtivas, o aumento do desemprego, a falência de milhares empresas brasileiras, o enfraquecimento do sistema econômico e o descontrole da gestão dos recursos públicos.  

Quando voltamos os nossos olhos para os USA, observamos que estes negacionismos ditados por lá, realizado inúmeras vezes pelo agora ex-presidente Americano Donald Trump que induzido pelas suas próprias condutas sociais, desconhecimento cientifico e conjecturas individuais, permitiu que uma incógnita doença respiratória, dominasse o território americano, ceifando milhares de vidas, uma posição autocrática que também culminou na influência e nas inúmeras e erradas tomadas de decisões aqui no Brasil. Fatores que colaboraram para as mais de 200.000,00 mil mortes até janeiro de 2021.

O nosso analfabeto político e também disfuncional, Presidente da República do Brasil, o senhor excelentíssimo Jair Asno Bolsonaro, ainda não reconhece a doença e os suas erradas decisões desastrosas. Atos inapropriados e imprudentes que apenas promovera a sua derrocada eleitoral no ano de 2022. Algo que a história já descreveu em 2020 com as eleições nos Estados Unidos com a queda de Donald Trump. A derrota do fascismo político aqui no Brasil de Jair Bolsonaro daqui a dois anos é apenas algo a ser confirmado pelo tempo, ou um fato a ser antecipado por um impeachment. Atos que nesta sexta-feira, dia 22 de Janeiro de 2021, foram pedidos pelos brasileiros em um ato chamado de panelaço, ouvidos em bairros e centros de várias cidades e capitais do Brasil.

O novo presidente dos Estados Unidos da América terá pela frente muito trabalho para arruma a casa. Algo que o presidente eleito do Brasil em 2022 também terá que fazer depois que herda a bagunça administrativa promovida no congresso nacional nestes trágicos quatros anos de desgovernos e tolices.

Neste aspecto, Joe Biden terá que trabalhar arduamente para derrubar os murros inconsistente do isolacionismo democrático criado pelo seu antecessor (Donald Trump). Umas dessas iniciativas terá como efeito a reaproximação com países aliados em tratados de defesa contra conflitos e guerras, estreitamento funcional com parceiros comerciais, abertura de conversas com organizações mundiais e readequação compilada a acordos globais com instituições de proteção ao meio ambiente, ao setor econômico e em áreas humanitárias. Estes primeiros atos serão uma meta árdua na reconstrução de elos que foram desqualificados e destruídos na era Trump.

Um exemplo destas aproximações politicas ficaram a cargo da retomada dos acordos comerciais com a China, ou nos novos tratados econômicos que deveram acontecer com a Europa, ou em pactos de colaboração e proteção a ataques terroristas, ou na arguição de tratados que permitam a entrada de estrangeiros, principalmente os cidadãos de origem mulçumana.

Algumas conversas também terão que requalifica posições vinculadas as guerras comerciais formados e ditados pelos países aliados de mesma base financeira e produtos de negociação no mercado. Nesta mesma linha também terá que ocorrer novas aberturas de conversações sobre o acordo de paris para trata do meio ambiente, da poluição e do crescente aquecimento global que assola de maneira igual a todos os países do mundo.

Neste mesmo sentido político, também deverá ocorrer uma maior aproximação e um amplo consenso com organizações mundiais importantes que elegem metas e direcionamentos para proteção coletiva da humanidade, como é o caso da ONU – Organização da Nações Unidas, a OMS – Organização Mundial da Saúde, a OMC – Organização Mundial do Comercio e o FMI – Fundo Mundial Internacional. Embora ocorra discordância no trato de suas funções e importância, é preciso apoiar instituições que cuidem do direcionamento de causas humanitárias globais. Todas estas instituições embora importantes e determinadoras nos tramites das decisões sociais, foram banidas ou desmerecidas no trato de suas competências pelo governo Trump.  

No entanto, nem tudo é flores, ou nem tudo são flores, apesar de existir concordância na ligua portuguesa, o mesmo não se ver no trato político. Apesar da USA ter se livrado este ano de um idealismo toxico e de retrocesso como o governo Trump, o Brasil ainda respira os traços de sua contaminação idealista. O furação do pensamento niilista e neutralista, baseado no Trumpismo, ainda tem fortes pontes de idealismos, ligados as tomadas de decisões que regem e navegam o governo federal do Brasil.

O Donadtrumpismo, ou simplesmente o Trumpismo, infelizmente ainda passeia de charretes pelo planalto central, atuando em opiniões, em tarefas e em até projetos de governo, tendo como principal e maior pupilo, as aferições de regramento do ainda presidente e ditador do Brasil, o senhor Jair Bolsonaro.

O maior mandatário do país não somente governa aos moldes de Trumpismo, como também insiste em ter regras ligadas diretamente a ele, reinando como um ditador a moda antiga, governando como um mouro, administrando como uma marionete de tolo.

Neste entendimento, assim como o ex-presidente norte americano, se não houver mudanças drásticas no pensamento, ou no comportamento do nosso então presidente da república, o excelentíssimo Jair Bolsonaro terá o mesmo destino/fim de seu compatriota idealista.

A sua derrota nas urnas será algo inadiável e imprescindível. E aqui no Brasil as eleições que viram daqui a dois anos, serão a cópia do que aconteceu nos estados unidos em 2020. Terá Bolsonaro na ocasião a pior derrota que um presidente deve ter em eleições, saindo da vida público como o pior presidente da república do brasil, assim como Donald Trump.

Esperamos que Joe Biden e Kamala Harrison tenha um direcionamento integro e justo para com o seu povo, tratando-os da melhor forma possível, com dignidade e igualdade para os Norte Americanos. Aqui no Brasil desejamos mais vergonha na cara e discernimento político para os brasileiros, deixemos que os indianos idolatrem as suas vacas e outros animais, isto é justo em sua fé, não devemos nos meter nisso, mas não façamos de nenhum jumento (Jair Bolsonaro) um mito, ou ídolo a ser elevando a papel de salvador ou de um deus.

Em política é preciso ter conhecimento, pratica e habilidade administrativa para governa. Então deixemos nossa fé irracional fora das urnas, sejamos mais íntegros e capazes de eleger pessoas certas e corretas para cada função e administração. Tenhamos fé na vida e racionalidade em nossas escolhas.


Abrantes F. Roosevelt, 03 de Janeiro de 2021



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