Artigo 21 - Tempos Difíceis para a Existência e a Manutenção da Democracia

 Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt

Tempos Difíceis para a Existência e a Manutenção da Democracia 

O mundo anda estranho, as pessoas estão confusas, a vida está em estado de choque e os pensamentos caminham sobre uma penumbra. O ano de 2020 está sendo um parágrafo atípico nas páginas da vida da história humana. A existência de uma doença letal que segrega pessoas, não está sendo a única a nos manter em um estado completo de isolamento social. 

As últimas folhas dos jornais nacionais e internacionais nos revelam que todos estamos próximo a um apocalipse ideológico e individualista nunca visto antes em toda a nossa gigantesca história como habitantes da terra. 

Caminhamos para um verdadeiro fronte de guerra, navegamos sobre águas misteriosas de um caos emocional que somente os abismos conseguem promover e como Kamikazes, pilotamos os nossos próprios jatos sônicos de nossa pobre concepção ingênua em dupla realidade virtual. 

A humanidade está a uma jarda das eminentes tormentas que se formulam, as fornalhas se aquecem com força, os ventos agitam-se para o oeste, os terremotos provocam cataclismos, a terra tem fome de carne, os mares têm sede de sangue e os homens se afundam em seus dogmas, em sua autodestruição, em seus achismos de valor. 

A frente não se ver mais a luz no fim do túnel, mas o que observamos e a formação de vários buracos negros que se abrem para nos engolir como humanidade. 

No Brasil, enquanto as pessoas tentam proteger as suas vidas para não morrerem pela contaminação do novo corona-vírus, policiais despreparados ou desordeiros de uma causa sem justiça e sem democracia, invadem casas nas favelas e em periferias para matar jovens e adolescentes inocentes, mesmos que estes últimos, estejam recolhidos e protegidos por seus lares. Neste entendimento chulo não cabe a eximia cientifica do gato de Schrodinger, pois no brasil cães e gatos estão mais bem cuidados do que crianças abandonados. 

Crises políticas consumem parte dos esforços que deveriam salva vidas em meio ao caos sanitário que somente cresce em número de mortos. E as preocupações pessoais e de poder atualmente verberada nos altos escalonados do planalto central, apenas fomentam as correntes do progresso que nunca virá para Brasil. 

Marchas supremacistas são realizadas durante a noite para intimida, afugentar e ameaçar poderes democraticamente consolidados pela constituição de 1988. Atos supra racistas são enaltecidos, elogiados e até engrandecidos pela massa endiabrada dos novos idealistas da causa ditatorial e militar do governo que se forma nas ruas e dentro do planalto central. Ideias neonazistas, fascistas e até niilistas são imitados, copiados e reverberada em inúmeras homenagens, ilustrando o caos que querem instalar no pais livre e pacifico. 

Movimentos de uma antiga ditadura militar que renascem com novos propósitos, rastejam pelos porões do congresso nacional e os simpatizantes desta nova causa, sem causa, montam orquestras para toca a nova sinfonia da macha fúnebre, que vai enterra mais vidas inocentes no Brasil. 

O mundo colocar fogo nas ruas de Nova York para denunciar mais uma morte contra o povo negro, a terra cavalga em silencio no rio de janeiro para protesta contra a forma brutal com que os policiais deste Estado matam e flagelam a vida de gente pobre e favelada. 

Ong´s denunciam os horrores cometidos contra mulheres, crianças, e contra o meio ambiente, mais todos os governantes do mundo parecem acredita somente no poder do dinheiro. O povo não se uni contra o nosso inimigo maior. Mais os nossos inimigos se unem nos porões dos governos de todo o mundo para nos aniquilar. 

Infelizmente o que ainda se ver por aqui é um messias que caminha mentirosamente entre falsos líderes religiosos, muitos deles são furiosos e sedentos por dinheiro, eles lutam por um pérfido salvador que passeia a cavalo sobre campos e capinas do planalto central, como quem imita o cavaleiro da morte descrita no evangelho de João, cavalga sobre um exercito de anencefálicos, semeando sobre o povo perdido a sua própria peste negra, ele plaina de helicóptero como se fosse um corvo, enquanto alguns abutres e hienas riem olhando-o para o alto dos céus, adorando-o como a um rei, e sem entenderem de nada do que veem, recitam a canção do exílio, e ainda moribundos, caem mortificados pela nova doença rifada pela pandemia. 

Enquanto isso, milhares de brasileiros e brasileiras, apenas morrem nos leitos decrépitos e sujos dos hospitais municipais e estaduais. Muitos deixaram de viver por falta de assistência adequada e pela ausência de respiradores. Os números não mentem, os números jamais se enganam e a ciência é a única que caminha com sensatez, mas ela não é levada a sério, pelo contrário, ela é desmoralizada e as vezes até depreciada pelos ignorantes. 

É preciso lutar e confrontar, é preciso vandalizar e quebrar, é preciso ir às ruas para queimar e destruir. Um fator é verdadeiro, ou nos construiremos como unidade de força, ou eles nos destruirão. Eles tentaram ressuscitar as velhas formas de governo, ideias que ficaram no passado, poderes autoritários e retrógrados, gente que morreu para si mesmo, gente que nem para si mesmo viveu, e que agora, só pensam em como vão causar a morte de seus semelhantes. Infelizmente é assim que se comportam os novos políticos de nossa era. São eles, estes arrogantes que superfaturam preços de respiradores para ganhar dinheiro sobre a vida e a morte de pessoas inocentes.

Muitos ideólogos comparam a situação política atual do Brasil com a situação vivida na Alemanha Nazista, principalmente sobre os acontecimentos que anteciparam o início da formação de um estado puramente nazista. As ideias de uma intervenção militar pretendida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro devem objeta a significação dos fortes indícios de instauração de uma nova e pífia "ditadura militar” no país. 

As últimas manifestações antidemocráticas realizadas pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro promovidas através de um ato em Brasília no qual pediam medidas inconstitucionais e antidemocráticas como solução dos problemas econômico-politico-financeiro do Brasil, como a intervenção militar, fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, sinalizam agudos fomentos no sentido de tomada de poder e golpe de estado, que provavelmente devem está em curso. 

Uma prova destas ações antidemocráticas apura uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal para evitar investigações de seus familiares, amigos e correligionários. Outras arbitrariedades incomuns, está também nas diversas mudanças e substituições de ministros e de secretários por militares que atuam hoje na administração de pastas importantes de controles orçamentários e de tomadas de decisões estratégicas. 

Um inquérito foi aberto a partir de denúncia do ex-ministro Sergio Moro, mas Bolsonaro nega interferência na Policia Federal. Mas senadores, deputados, vereadores, governadores e prefeitos temem por mais atos institucionais antidemocráticos. 

No entanto é preciso resistir à tentativa de destruição da ordem democrática brasileira, para evitar o que ocorreu na República de Weimar, quando Hitler, após eleito por voto popular, não hesitou em romper e em extinguir a progressista democrática e inovadora Constituição de Weimar. 

Neste entendimento é preciso lembra que isso impôs àquele país um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição constituinte, em março de 1933, da lei nazista de concessão de plenos poderes ou lei habilitante que lhe permitiu legislar sem a intervenção do parlamento Germânico. E como todos aqueles que conhecem a historia Alemã, sabemos muito bem como ela terminou.

Esta nova intervenção militar pretendida pelos odiosos apoiadores do Presidente da República, possuir significação bastante contundente, para os bárbaros da tribo Bolsonarista, a instauração no Brasil de uma desprezível e abominável ditadura militar é algo almejado e desejado pelos seus cães e ratos. Os novos Nazifascista Bolsonaristas e outras lideranças autocráticas desprezam a liberdade e odeiam a democracia. 

Um outro absurdo está nas realizações destes infames apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ao fazerem atos com tochas e máscaras em frente ao Supremo Tribunal Federal, imitando correntes de pensamentos ultra racistas e antidemocráticas, como isso, somente declaram uma única objeção e desejo, a reforma e extinção da instituição de poder vigente em substituição a instauração de um governo golpista e fascista, tornando um país livre e democrático em um enorme celeiro abominável de prisioneiros de guerra. 

Neste aspecto resguardadas as devidas proporções a que estes bárbaros desejam para o Brasil, reitero o que o excelentíssimo Senhor Ministro do Supremo Tribunal Federal declarou no ultimo domingo do mês de Maio, “O ovo da serpente, à semelhança do que ocorreu na república de Weimar (1919-1933), parece estar prestes a eclodir no Brasil". 

"É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na república de Weimar quando Hitler, após eleito por voto popular e posteriormente nomeado pelo presidente Paul Von Hindenburg, em 30/01/1933, como chanceler (primeiro ministro) da Alemanha (“reichskanzler”), não hesitou em romper e em nulificar a progressista, democrática e inovadora constituição de Weimar, de 11/08/1919". 

"Impondo ao país um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição, em março de 1933, da lei (nazista) de concessão de plenos poderes (ou lei habilitante) que lhe permitiu legislar sem a intervenção do parlamento germânico. Uma “intervenção militar”, como pretendida por Bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, nada mais significa, na novilíngua Bolsonarista, senão a instauração, no Brasil, de uma desprezível e abjeta ditadura militar". 

Observando estes novos caminhos pelo qual o Brasil deseja segui, não podemos duvida que algo assim possa realmente acontecer, obedecendo ao fato que chacais rodeiam as margens límpidas de nossa estimada constituição de 1988, que apesar de jovem, pode não sobreviver ou viver o suficiente para amadurecer os ideais de democracia consolidada de ordem, progresso e liberdade. 

Abrantes F. Roosevelt, 23 de Junho de 2020