Artigo 23 - Um Mundo Novo Após a Covid-19 – Corona Vírus


Fonte: Mídia Ativa Digital / Texto: Abrantes F. Roosevelt


Um Mundo Novo Após a Covid-19 – Corona Vírus


O mundo está sobre Isolamento Social (pessoa que testou positivo para o Covid-19) e a Quarentena (pessoa que esteve em contato com alguém que tem o vírus e está aguardando para ver se tem sintomas) que nos colocou no cárcere de nossas próprias casas, nos detém intimamente sobre um forte esquema de Distanciamento Social (Pessoa que está fazendo a sua parte para reduzir o risco de transmissão).

A pandemia da Covid-19 deixou todos os países do planeta às avessas e os homens agora parecem enlouquecer dentro de seus miniapartamentos, miniuniversos, pequenos guetos, minúsculos bairros, minutos nichos de trabalho, cubículos residenciais inapropriados e inúmeros outros restritos círculos sociais que tornaram a convivência humana quase intolerante e insociável.

A coletividade de nossas vivencias nunca mais serão as mesmas, sendo impossível torna o mundo atual em que vivemos no que ele era antes da ocorrência desta doença, mesmo que cada pessoa ainda permaneça em suas casas, em seus trabalhos home office e que continuem com as suas individualidades, consumos inapropriados, e visão orgulhosamente exagerada do que possuir e o do que detêm com propriedade. Ainda assim teremos que mudar a forma de como vivemos e de como atuamos no mundo. A internet por sua vez fará o que sempre fez, ela será a parti de hoje um elo de comunicação, consumo e transportes dos desejos, ansiedades e das movimentações humanas.

A vida hoje é infelizmente uma tragédia Romana, um conto de fada às avessas, um episódio mórbido de terror americano, um filme de drama grotesco, um apocalipse de dor que não tem um fim, sabemos apenas do início das cenas e estando no meio desta imensa tela de cinema, os óculos três “D” nunca foram tão reais.

No entanto, enquanto a vida vai passando pela janela, como um relato filosófico de Sócrates que imerge nas pessoas as sombras do mundo real de uma sociedade que se projeta apenas nas cavernas individuais de cada ser, o homo sapiens evoluído, caminha como formigas aborígenes inteiramente imersas as meias verdades famigeradas, que em outros casos dispersos, imergem em muitas outras mentiras duplamente universais.

Muitos acreditavam que o mundo contemporâneo seria assolado por uma grande e intolerante terceira guerra mundial, duas vezes mais ardente, mortífera e fielmente letal, algo tão voraz que principiaria uma enorme crise econômica global, acompanhada de uma apocalíptica crise humanitária movida por uma extrema fome, decadência existencial e esvaziamento dos centros urbanos.

Tudo isto parecia ser o mais próximo e semelhante com o que já vimos em outros tempos de nossa trágica trajetória humana, afinal a nossa efêmera história sempre foi marcada por grande calamidades, tensões diplomáticas, disputas por território, conflitos por poder e outras adversidades afins, como uma subversão social, uma orexia extrema, pestes diversas, agitações sócio-econômico-político, imposições anarquistas de forma de governos, intransigências e imposições religiosas, avanços de sistemas de governamentais ditatoriais ou até o ápice de fortes determinações impositivas, causadas por inteligências artificias advindas das tecnologias de nosso época ultra moderna, erros e tensões que no fim das contas, nunca acrescentara nada a nossa humanidade.

O mundo vive atualmente, um verdadeiro the Walking Dead, um longa-metragem que somente víamos em hollywood, um script interminável e terrível com cenas de terror que somente as telas dos cinemas conseguiam imaginar e projetar para nos divertir.

Observamos que o mundo hoje usa mascaras, mas não estamos no carnaval, o mundo usa álcool em gel, mas não o usamos para limpar os moveis de nossa, o mundo usa hoje mais sabão e detergentes, mas não o usamos para lavar as louças, o mundo usa mais água, mas não é para tomamos banho ou para lavar o carro, o mundo lava mais as mãos, mas não é para tirar o excesso de sujeira que se acumulou sobre as unhas, nós a lavamos por necessidade sanitária.

O mundo até esta menos poluído, o mundo até está mais limpo, mais o mundo está mais feio, nós não estamos mais nele, nós não estamos mais dentro de nós mesmo, estamos escondidos dentro da terra, sobre a terra, e pela terra. E tudo isso por nossa própria culpa e falta de zelo.

Mas o sofrimento causado pela novo Corona Vírus, nos transportou para um filme de horror que não tem nos divertido nos últimos meses, ele apenas vem causando dor, medo, falta de esperança, solidão, confusão, isolamento e muitas mortes pelo mundo todo.

Definitivamente o mundo nunca mais será o mesmo após o imenso e intenso afastamento social que o Covid-19, impôs a humanidade em nossa triste época contemporânea, este vírus letal assombroso, nos colocou enquanto espécie dominante sobre terra, em um verdadeiro e ineficiente estado de alerta máximo. E neste aspecto, fica claro uma única lição tênue, sóbria e vil, sobre o que somos, como somos e o quanto somos frágeis e efêmero sobre a face deste nosso grandioso planeta.

Este planeta que é a nossa única casa, o nosso único abrigo e o nosso único refugio, apesar de ser um estimado tesouro, é insistentemente negligenciado, uma vitima de distúrbios agressivos, danos severamente incongruentes e refém das muitas incoerências insanas que praticamos contra os sistema naturais do meio ambiente em que vivemos. 

infelizmente todas nós fazemos isso quando contaminando as águas doce dos nossos rios, poluímos a atmosfera de nossas cidades, corrompemos os mares de nossos países, derrubamos as florestas de nossos territórios, e impossibilitamos a fluência natural da vida.

Nosso consumismo intransigente vem inviabilizando a continuidade da natureza, e mais do que precisamos, sempre retiramos mais do que necessitamos. A dura verdade é que repomos muito pouco, ou quase nada do que subtraímos do meio ambiente, promovendo indubitavelmente ínfimas reposições para a regeneração dos meios naturais.

Sistematicamente a nossa vil espécie vem causando uma extinção em massa de muitas floras, faunas e de diversas outras vidas biológicas ainda existente no planeta, formas de vida que talvez existissem em um bioma único e desconhecido e que por ignorância e desprezo nunca iremos conhece-lo.

Reposições e reparos que talvez a nossa estipe individualista nunca ira de fato produzir, ou mesmo reconhecer como necessária e útil, uma realização que sempre dependerá da deposição famigerada de nossos descuidos, um ensejo que sobrara como uma ferida aberta e doente para as próximas gerações, um erro que talvez nunca sejam restaurado.

Nossa superioridade racionalista, nossa intransigência intelectual, nosso caráter moralista, e os nossos vários conceitos sobre o que é a vida, e de como vivemos, e por que vivemos, foi neste momento colocada sobre prova, sobre testes e sobre resistências improváveis de sobrevivências.

Fomos todos colocados contra a parede de nossas existências e este ser biológico, unicelular e abstratamente inofensivo, que neste novo cenário, as vezes subjugado e até desacreditado pelas nossas maiores autoridades do planeta, nos tomou como reféns e nos põem de joelhos sobre o alto poder de sua letalidade, uma arma projetada pelo mundo microscópico da natureza, luta pela qual não temos chance alguma se não nos unimos e lutarmos para coexistir com a natureza.

Lamentavelmente a importância da vida e de como a tratamos hoje, teve que ser colocado a duras provas, e foi preciso que um vírus, um ser biológico, aparentemente invisível, microscópico e unicelular, nos colocasse freios, celas, tapumes e redais.

Esta experiência de confinamento social nos mostrou que é fácil nos aloca como espécie humana, e que essa ideia de superioridade, não nos torna diferentes dos outros animais e do resto da natureza. Somos parte pequena de algo grandioso, uma ínfima parcela curta do que é o universo, não somos especiais, e nem indiferentes ao contexto biológico. Somos apenas parte de uma cadeia, parte de um sistema que nós dividimos e estruturamos. Não somos seres tão dominantes como pensávamos, o fato de uso o polegar e cérebro, não nos dar divindade, nem mérito de sermos deuses sobre o resto do que vive sobre a terra.

Um vírus simples e unicelular nos pôs de joelhos sobre a terra, e a nossa divindade grandiosa não foi capaz de derrota-la. Somos inúteis como espécie dominante, e temos que nos conformar como agente do caos e não como procurador de fomento pluricelular.

Achávamos que este vírus, traria o fim de nossa espécie, mais a nossa intrigante capacidade de pensar e de tomar decisões, nos salvou por enquanto de nossa estimada extinção. Somos inconcebíveis como agentes de mudanças coesas. Não temos a capacidade de conviver com a terra de maneira harmoniosa, nossas atitudes sempre foram destrutivas e a terra hoje é capaz de se defender, mesmo que não alguns não consigam enxerga isso. A terra é uma faxineira exígua e mordaz.

Imaginávamos que a terceira guerra mundial iria definitivamente nos aniquilar da face da terra, e que países ricos brigariam fortemente por mais recursos enérgicos, mais poder e mais domínio territorial, colocando assim a vida existente sobre a terra em um grande cheque, onde somente os piões (as camadas mais pobres) morreriam sobre as trincheiras do poder a qualquer custo.

No entanto, o grande inimigo que se manifesta sobre a terra, não pode ser preso, morto ou ser prisioneiro de guerra. A sua aparente invisibilidade, caminha pelo ar, viaja de avião, navega pelos sete mares, vai a praças de alimentação, frequenta escolas, dança em festas, vai à igreja, frequenta museus, passa de mãos em mãos, e gira de um abraço a outro, de um beijo a um cheiro, visitando pais, netos, filhos e avós.

Nesta guerra, onde todos almejam ser vitoriosos, o ato de vencer um inimigo que não morrer e que não se rende, só pode ser travado com maestria e destreza por aqueles países, representantes e cidadãos que investiram intensamente em conhecimento, em educação de base, em seus professores, em seus cientistas, em pesquisas de alta tecnologia, em saneamento básico e no respeito e no amor ao próximo.  

Esta guerra veio para inverter valores, quebra paradigmas, subverter os alienados, subjugar poderosos, submeter corruptos e delimitar todos aqueles que se acham superiores. Esta doença invisível e mortal veio para nos mostra o quanto somos frágeis, o quanto somos efêmeros, o quanto dependemos uns dos outros.

Este cenário pandêmico global é em 100 anos o pior panorama de crise humano-sanitária registrado em toda a nossa história. Em termo proporcionais e de escala, isto não era visto na terra desde a gripe espanhola que arrasou com o mundo em 1918.

A gripe espanhola, também conhecida como gripe de 1918, foi uma vasta e mortal pandemia do vírus influenza, que ocorreu entre janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou uma estimativa de 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial, causando um número estimado de mortos na casa de 50.000,00 de pessoas em todo mundo.

Somente no Brasil está contabilizado hoje mais de 85.000,00 mil mortos (dados referentes a 28 de julho de 2020). E o que se ver é que a doença que começou a se espalha em março de 2020 ainda provocara mortes até o fim de dezembro se uma vacina eficaz não for desenvolvida.    

Estas notícias desanimadoras causam ainda mais perplexidades ao avaliamos que esta crise humanitária não foi produzida apenas pelo surgimento da corona vírus, o Covid 19. O que se percebe e que o vírus diagnosticou uma problemática ainda mais grave e brutal. A crise hoje desdobrasse para uma ascendente crise econômica, social e política. E os mais pobres estão entre os públicos mais sofreram e que mais morreram.

Problemas antigos e históricos alavancaram as internalizações sociais existentes principalmente no Brasil, mais presentes em muitos países subdesenvolvidos e em desenvolvimentos, como os países da América latina.

Fatores como a desigualdade social, atrelados a falta de investimento em infraestrutura e saneamento básico, saúde pública, habitação, trabalho e renda e educação foram os principais motivos para que a doença tivesse maior incidência sobre os mais pobres.

As péssimas ingerências políticas, ministradas por equívocos ou desprezo as normas sanitárias e cientificas mundiais, administradas durante o processo do avanço da doença, também contribuíram para as mortes e para o agravo nos sistemas de saúde, econômico e social.

Todas estas diretrizes aconteceram de forma sistemática, rápida e holisticamente sutil, fatores que somente reforça o quando ainda estamos expostos as diversidades de organismos microscopicamente letais e perigosos.

Neste aspecto é preciso entender o quanto ainda somos frágeis e mortais, mais infelizmente muitas pessoas se comportam de maneira irresponsável, frequentado festa clandestinas, aglomerando-se nos comércios e shopping locais e não essenciais, deslocando-se até as praias, bares, quadras esportivas, parques, praças e outros locais públicos de grande movimentação.

É preciso entender que um novo normal, já se impõem ao mundo, o uso de mascaras, uso de álcool em gel, lavagens das mãos, preocupações em geral com higiene pessoal, distanciamento social de até dois metros, uso individual de materiais de contato direto, e até a forma de consumo de produtos e serviços terá a parti deste momento um agudo uso da internet, redes sócias e plataformas digitais.  

O mundo é realmente hoje, um outro mundo real, e nada mais, é possível ser como antes, tudo está em uma profunda transformação, evoluindo para um infinito de possibilidades, um caminho que se auto traceja, uma alteração que se auto replica, um caminho que se constrói e não se desfaz, não havendo possibilidade de volta, incrivelmente mesmo em meio a toda essa crise e modificações, muitas pessoas se comportam como se tudo estivesse normal, tentando habitua-se ao velho normal de um mundo que não existe mais.

É preciso entender que somos seres volúveis, não somos heróis de Marvel, nem vilões da DC Comics, somos apenas uma espécie biológica em processo de evolução continua, iguais em isonomia quântica aos outros seres vivos. Não somos especiais, nem divinos e nem inferiores, somos apenas animais, existentes dentro de uma cadeia natural, assim como as plantas, aos animais, insetos, vírus e outros seres abióticos.

No entanto, somos sim seres incríveis, capazes de grandiosidades, somos topo da cadeia alimentar e gigantes enquanto evolução, somos transformadores da natureza, podemos altera-la, modifica-la e suprimi-la. Mais nos últimos 100 anos fomos também capazes de exterminar e extingui da face da terra, milhares de seres viventes que assim como nós, possuem direitos universais a vida, como os animais de toda ordem, florestas inteiras e outros recursos naturais.

Estudos recentes sobre o clima identificaram que a quarentena foi capaz de frear e de minimizar os efeitos dramáticos e destrutivos do aquecimento global, causado pelas emissões dos gases poluentes originários da queima de combustíveis fosseis, principalmente produzidos pela produção industrial, combustão dos automotores e pelas queimadas e incêndios florestais (este último infelizmente teve um aumento no Brasil, devido a derrubada em massa da floresta amazônica devido ao afrouxamento e descumprimentos das leis ambientais). 

O aumento de nossa ignorância social deve ser um fator limitante para compreensão da espécie humana enquanto um possível crescimento sustentável de nossas praticas. A abrangência do entendimento do que é a vida nos leva a pensar sobre o que estamos tentando salva, ou preservar, enquanto que uma outra parte de nós apenas tenta auferir lucro e vantagens.

Esta terrível catástrofe humanitária que está instalada em nosso convívio social apenas nos mostra o quanto devemos ser melhores, e buscar por limitação, ao invés de agirmos, somente nos tornara ainda mais indiferentes e insensíveis.

Os achismos de superioridade, supremacia e de grandiosidade, inerentes a entendimentos obscuros sobre diferenças raciais, sociais, econômicas e religiosas, apenas aprofundam mais os nossos errôneos conceitos sobre a cor da pele, a raça, a família, a classes sociais distintas, a castas erguidas e privilegiadas, ou a ideologias forjadas por medo, infusão, persuasão ou disseminação.

É importante lembramos que nada disso realmente nos segrega do que realmente tem valor, a vida, viver e as vivencias devem ser bens valiosíssimos e especiais, os conceitos, preconceitos e outros preceitos que geram separação e disseminam diferenças nunca devem nos distingue como bons ou maus, como ético ou corruptos, como superiores ou inferiores.

Nenhum conceito ou preconceito até hoje foi maior, foi tão destruidor, e tão nefasto como a distinção, nada no mundo foi até hoje tão forte do que o conceito e a disseminação de separação dos povos. 

Entretanto não devemos permitir que o Corana Vírus, o Covid 19, doença viral que tanto nos isolou, segregou, separou e nos afastou, permita que mais um conceito de isolamento humano, autorreferente a diferenças e indiferenças nos cause mais danos e dor, e se acharmos que por isso ou por qualquer outro valor obscuro alguém ou outrem se ache digno de possuir privilégios, recompensas e até os céus angelicais, prometido e professado por qualquer religião que não seja a sua, devemos observar ou invocar supostas analises de consciência do que seja real, pois devemos retroceder as práticas de auto realização do que seja as certezas absolutas.

No entanto, devemos reconhecer que o inimigo hoje não tem cor, não possuir classe social e não tem nome ou sobrenome familiar importante, todos nós estamos sujeitos ao mesmo começo ou fim ou existencial, segregados a mesma caixa experimental do gato de Schrodinger, volvido ao mesmo loop de Carlos Rovelli, selados no plano atmosférico e gravitacional de Isaac Newton, revolvidos ao mesmo universo de cordas Oskar Klein, ao mesmo tempo que estamos amarados ao destino frio de Garden e Charles Darwin, isto se nada for feito. A simples profissão de fé, a auto declaração de cor, ou a abarrotada conta bancaria com quatro dígitos, nunca os salvara.

As lutas de classes são apenas uma banalidade tola que nunca nos levara a nada, as brigas religiosas entre instituições de crença não auto proclamara a titularidade de patente e pertencimento de Deus, a cor não é algo que cause segregação, seus bens matérias não o protegera de uma contaminação, o petróleo, as grandes fabricas, as enormes mansões, os carros caros e bonitos, a busca pelo corpo perfeito, e as brigas por acessão social, serão fatos biltres, senão fúteis perto da vida que levamos em coletividade.

Os shoppings estão vazios, as lojas permanecem lojas desertas, os carros estão solitários nas garagens, a ruas e avenidas fluem abandonadas, as escolas não educam, os cinemas não divertem e a roupa que você tanto brigou e esbofeteou para ter em uma promoção relâmpago, não pode ser vista.

O vírus nos trancou em nossas casas, nos colocou de castigo, nos condenou ao cárcere de nossas mentes, incluso em nossa pequena oca de dormir, neste aspecto, nunca um abrigo foi tão valioso, tão cercado de proteção, e tão avaliado como os nossos lares.

O mundo é hoje uma enorme selva de pedra, mostrando-se perigosas, voraz e temida, isso nos é familiar, somos hoje os atuais homens das cavernas e observamos um perigoso pelos frestas e sombras projetas de nossas janelas.

Observamos nestes tempos estranhos que poucos líderes mundiais, famigeradamente, pouco fazem para ajudar os mais pobres, e no caso do Brasil é possível mover milhões de dólares e bilhões de reais para ajudar os Bancos que provavelmente afundaram nesta crise, mais estes mesmos lideres, pouco se mobilizaram de maneira suficientemente aprazível, garantir renda e proteção para quem está à margem da sociedade. 

No Brasil milhões de pessoas estão sem emprego e renda, e muitos cidadãos estão sem o que comer direito a várias semanas. Os moradores de rua, gente que vive nas favelas e nas periferias, e especialmente os autônomos e ambulantes que perderam sua fonte de renda são os mais afetados pela pandemia.

Infelizmente em tempos de muita calamidade e tragédias humanitárias, há pouco do que se espera do Governo Brasileiro, que atualmente migalha a semanas uma suposta ajuda de humanitária de 600,00 reais, disponível através de um auxilio emergencial, viabilizado depois de um pífio decreto de lei, um recurso ínfimo e medíocre que não vão chegar a quem mais precisa, muito devido a burocracia e exclusão social-digital que o consumo de bens matérias exige neste nossos tempos modernos, pois como muitas pessoas não tem acesso a internet e a celulares, milhares de pessoas não terão acesso ao aplicativo do governo para realiza o cadastro.

Famigeradamente essa foi a forma que o governo encontrou para diminuir a exclusão social, este auxilio a passos largos apenas ajudará a proliferar a Covid-19, pois o que se ver atualmente nos bancos públicos de todo o Brasil, são filas e aglomerações de pessoas que se contaminam nas agencias bancarias, um fator que vai prolifera ainda mais a disseminação da doença.

Muitos mitos foram elegidos no Brasil nos últimos dois anos, mais os verdadeiros mitos gregos estão nos hospitais Brasileiros, como os médicos, enfermeiros e maqueiros, que estão trabalhando em condições precárias, milhares qualquer suporte adequado de equipamento de proteção individual, itens necessários para contenção e proteção contra infecções hospitalares.

Atualmente milhares deles estão adoecendo e morrendo todos os dias em nossos hospitais públicos. E assim como eles muitos outros profissionais estão perdendo a vida frente esta luta contra este vírus. Igualmente como os médicos e os enfermeiros, muitos policiais, bombeiros e outras profissões que trabalham nesta linha de frente, estão adoecendo e morrendo todos os dias. Estas pessoas são os nossos mitos, estas pessoas são os nossos heróis.

Outros heróis são todos os filhos que resguardaram os seus pais, que os protegeram, e os livraram desta nova doença, infelizmente alguns filhos não lograram êxito, pois os muitos de nossos idosos que morreram, deixaram o mundo um pouco menos sábio, o planeta está mais jovem e mais imbecil e arrogante.  

Fortes também são os garis que limpam as nossas cidades, as nossas ruas e recolhem os nossos lixos, pessoas importantíssimas que muita gente finge que não os ver. Mais eles estão nas ruas, nas praças, nas vielas, nos bairros e nos passeios públicos, zelando pela limpeza de nossas cidades.

Enquanto muitos países do mundo fazem esforços desumanos para preserva a vida humana, o Brasil caminha na contramão do que dizem as autoridades de saúde, e se mostra um péssimo exemplo de como lidar com esta pandemia. Enquanto aqui enquanto as autoridades demitem e exoneram pessoas altamente qualificadas, justamente por fazerem o seu trabalho de forma correta, ou por não admitirem que suas atribuições sofram intervenções por motivos políticos e pessoais, outros países do mundo enaltassem e reconhecem os seus profissionais e membros administrativos ligados a saúde.

Temos que entender que quem deve mandar neste país e a classe trabalhadora, e esta gente que move as engrenagens da economia, esta gente que faz a produção ter valor e renda, e não o seu patrão bobão e bundão que somente detém o capital, mas nada sabe do trabalho e de como ele gera progresso, é inglório o que eles nada sabem do que é ser povo brasileiro.

Precisamos entender que o povo detém o poder, e que sem os trabalhadores a nação para de produzir, entenda se por acaso um Juiz para de trabalhar hoje, o que acontece, nada. E se um senador para de trabalha o que acontece, e novamente nada. E se dono de uma grande fábrica para de trabalha, o que acontece, mais uma vez nada acontece, os trabalhadores continuaram dando folego para a alta produção. E se uma vereadorzinho de merda para de trabalha, nada acontece. E seu o seu presidente para de trabalha, o que acontece, nada meu amigo.

No entanto, se homem do campo para de plantar hoje, a terra inteira, vai morrer de fome, se os médicos pararem de trabalhar, você morrer por falta de atendimento. Se os policiais pararem hoje, um caos e uma desordem generalizada põe fogo no mundo. Se as enfermeiras e outros profissionais de saúde resolvem para de trabalhar, um colapso na saúde estrangula todo sistema. Se os garis pararem hoje de recolherem os seus lixos, a sua rua vai virar uma fedentina danada, e o acumulo de lixo trará mais doenças para a sua casa. Então quem é importante, e quem é obsoleto e desnecessário, quem devemos valoriza, que deve receber os melhores salários.

Observo que neste estado de crise mundial, poucas ou quase nenhuma das muitas lideranças religiosas de todas as partes do mundo e incluindo as do Brasil, estão hoje caladas e enclausurados em suas casas, sítios, mansões, fazendas, monastérios, igrejas e templos. Estas pessoas, estes tais representantes espirituais estão elas medrosas, silenciosas e covardes em sua mansidão singular e privilegiada, prevalece aqui o espírito individual. Não há deles nenhuma ajuda, nenhuma fé, nenhuma paixão ou humanidade.

Todos eles estão com medo do vírus, e estando com medo, nada fazem para ajudar o seu próximo, não há em seu estado de fé, um movimento humanitário para compra comida, para levar água potável, ou movimentos recíprocos para aliviar a dor do outro neste tempo de pandemia. Não há solidariedade, quando não há dizimo, quando há culto para arrecada dizimo.

O que se viu na mídia, por parte destes religiosos, não foram atos de fé, vários movimentos buscaram tira dinheiro das pessoas, alguns anunciavam curas e outros queriam que cultos e missas fossem liberados para que o dizimo não parasse de entra em caixa. Afinal o dinheiro não descansa e não adoece.

No entanto, para muitos desses homens de pouca ou quase nenhuma fé, buscou-se sim, por motivos diversos e intransigentes, a volta dos espetáculos, a volta dos shows de fé, a volta apresada pelos cultos e missas. Não há amigos esperanças e nem cura se os bolsos destes homens de fé não ficarem esbaforidos de dízimos. O aproveitamento das mazelas para ganhar mais dinheiro tem que continua e uma pandemia vem como uma mão na roda para estes patifes, isto é, um trufo para ganhar dinheiro e nenhum deles deve recusar.

Abjetamente são realmente imemoráveis a fé e o desempenho espiritual destes nossos tolos profetas contemporâneos, homens de títulos, homens especiais, homens do topo da cadeia alimentar, homens de guerra, homens de paz, mais ainda assim, homens apenas e nada mais.

Neste entendimento promiscuo, ficam algumas perguntas, quem são estes homens e mulheres que se auto intitulam representantes Deus, quem são estes imateriais que se auto declaram donos de nosso velho e conhecido mundo, quem são estes nobres homens, que mal conseguem imita o seu criador, a que propósito se dedicam, a que cernes vinculam-se, que homens são esses seres estranhos.

Em qual capitulo estão os seus versículos, em qual fé está a sua religião, homens nascituros de carne e ossos, homens que ousam trancafiam a memória de uma divindade, homens que constroem jaulas para adora e ao mesmo tempo servir um deus que eles mesmo aprisionam. Que espécie de homens somos nós, e que deuses são esses que vivem e morrem em desfavor de suas criações.

Quais homens e que mulheres vivem e sobrevivem da fé e do dinheiro que as mazelas da sociedade produzem na humanidade, que tempos atuais são esses que imitam a idade média, que homens e que mulheres são esses que imitam mais aos animais, do que aos deuses.

Aonde estão este homens e mulheres na linha de frente desta terrível doença que assola a humanidade de nossos tempos modernos, para onde foram estes homens e mulheres de fé e de púlpito que não enfrentam e não colaboram contra a pandemia causada pela corona vírus que mata milhões em todo mundo.

Aonde estão os padres, aonde estão os bispos, aonde estão os pastores, os monges, os pregadores, os rabinos e os clérigos de toda ordem e de toda fé, eles simplesmente sumiram e tão cedo não colocaram as caras para o mundo real.

Infelizmente este tipo de gente vive da dor e das moléstias de outras pessoas, elas vivem de relatos e promessas, tem suas próprias causas, seus próprios interesses e suas próprias ambições.

Mas o que estas pessoas podem doar, o que estes indivíduos podem perdoar e o que estas pessoas podem realmente nos tirar. A dor é um relicário, a tristeza um balsamo, e a esperança uma feliz coincidência, vedada ao presente intolerável que caminha rende, feito um soldado e ao lado da população.

A maioria que adoce hoje na pandemia é muito mais entre pessoas pobre do que aqueles que se enfermavam no início desta terrível tormenta, onde apenas os bairros dos mais ricos eram invadidos pelos jornais e pelo excesso de preocupação.

Antes ela não tinha classe, não tinha reduto, não tinha fronteira, não gênero, nem cor e nem religião, hoje ela anda desfaçada de ninfa, percorrer livremente pelas favelas, pelos ônibus superlotados, entre os becos e ruelas, enroxada sobre os leitos dos hospitais públicos.

A sombra de suas mazelas revolve-se sobre a pobreza extrema que sempre existiu nas pequenas e grandes capitais, uma covarde que não tem cara de doença, inflama os pulmões de cerne, enxerta as narinas tolas de impurezas e camuflei-a as paixões dos injustos.

Os doentes não são nem muitos e nem poucos, ela trata-se entre os milhares, aborda-se sobre milhões. Acautela pessoas inocentes, cerniria crianças, transcrita gente, famígera homens a meros números. Suas marcas não deixam feridas expostas, suas lesões são extremamente efêmeras e com êxito, forja enfileiradas covas rasas no centro das cidades, vulneráveis a um experimento da natureza, famigeradas ao capricho de sua disseminação, fugazes a excelência da evolução.

Lutar sobre um combate de guerras que não se afrontar com armas, trava-se batalhas sobre filetes de lagrimas escondidas, um espirro solto no ar, gotículas de mortes suspensas, aerossóis Kamikazes, incontroláveis, incompatíveis e quase invencíveis, um soldado sem corpo, um inimigo sem rosto de difícil combate e que muitos espiritualistas, apesar de sua curta fé, não podem curar ou sacralizar.

O dia a dia de muitos está restrito as telas da televisão, monopolizados pelo olhar vidrado em um celular, vidas que são capturadas por câmeras digitais, com acesso remoto, em inercia, movimentando uma dor virtual que não lhes pertence.

Nas madrugadas, os canais de televisão, expelem gruídos inaudíveis, vomitando fé e cura de toda ordem e demência, apelos de dores, quebrantos de duros partos e revoltas, ganhos financeiros indômitos, realizados sobre angústia de muita gente que não sabe como viver sobre a dor que sente, a dor de sua alma.

Os mendigos da falsa fé caminham pelas praças e ruas, ostentam livros e curas, manobram oratórias e ditos populares, saqueando adultos e velhos, tributando ofertas e coletas. Mas uma pergunta seca, ainda fica sem respostas.... Quem são estes tolos de toga, quem são esses artistas da mais-valia moderna, detentores de púlpitos e oratórias, corajosos em tempos de paz, mais covardes em tempo de guerras.

 A Covid 19, a Corona vírus mostrou os lobos em peles de ovelha, e muitos destes pregadores e usurpadores da fé, apenas observam as suas ovelhas serem mortas pelo vírus, sem que eles demonstrem ao menos um quinto de fraternidade sobre seus iguais.

Estes tolos, estão todos caladinhos em suas lindas e imensas casas pagãs, muitos estão com os rabos entre as pernas, latem para uma rua vazia, coçam-se como a cães sarmentos, e longe de seus púlpitos protegidos, negam a semelhança exigida que provavelmente seria determinada pelo seu patriarca maior, aquele que caminhou pelos desertos da galileia.

A verdade é muitos deles estão preocupados é com o dizimo que perderam nesta quarentena, com o seu pão real de cada dia, com as casas e carros caros que necessitam ser pagos, e com a ostentação diária de suas vidas sociais e promiscuas com o consumo.

Durante esta pandemia, não vir uma ação social grandiosa de combate e proteção aos mais vulnerais e alheios a esta triste doença. Estes falsos prodígios religiosos e correligionários da fé cristã, pouco fizeram para ajuda o seu próximo, nada fazem para a ajuda o povo, bem diferente do cristo que eles seguem, bem distinto da fé que seguem.

No entanto, se este homem santo, estivesse entre nos hoje, provavelmente estaria entre os pobres, caminharia entre os miseráveis, e alimentaria as pessoas mais humildes, muitos diferente destes nossos charlatões de terno que apenas querem comer e beber, reza e recolher, falar e enrolar, dizer e nada acrescentar.

O Covid 19 mais uma vez mostrou a face destes pseudos homens de bem, figurões de templos cheios, missionários de igrejas vivas, seletos do ter o melhor, sem ter que trabalha para terem o que usufruem, animais das teologias insanas, bezerros das tetas democráticas, homens profetas da ilusão paradisíaca, vermes que somente sugam os fies contribuintes (doadores de dízimos) em troca da utopia celeste.

No entanto, apesar de negamos tanto um inimigo tão ilustre, foi preciso que a dor fosse congênita, que as cercas fossem de palha e que a igualdade fosse desigual. Um aprendizado as marras, um conhecimento a força, um discurso a alta voz. Não seria necessário que um vírus letal nos freasse a vida, e mesmo sobre batalha, vindo das bandas do oriente, deveríamos entender que em um mundo globalizado, o ocidente é logo ali na esquina.

A vida consumista nos fez a imagem de um típico capitalista tirano, literalmente sucumbidos ao poder do dinheiro, engolidos pela força de toda a sua malha econômica, e ainda rindo, observamos que sendo simples e único aqueles ardil unicelular, nascido ele em feira ou fabricado em um laboratório de Wuhan, as suas palatáveis ojerizas nos dizer que quem sustenta o mundo é o trabalho dos trabalhadores, e não aqueles que detém os seus trabalhadores sobre o trabalho.

Não se deve devorar o suor do rosto de nossa gente, as grandes empresas que explora a nossa força laboral, são hoje outras pandemias que precisam ser inoculadas. E para entender o que não se compreende, foi preciso que o mundo parasse, foi preciso que o mundo recuasse, que as forças das fabricas e do comercio cessassem para podemos enxergar que somos mais do que trabalho e consumo.

É preciso entender que não é um presidente, um senador, um deputado ou um vereador ou qualquer outro movimento neoliberalista, comunista ou um distinto idealismo frágil que nos faça sonha e movido a ressaca de beira de mar, fluindo em um caos frenético de idealizações, determinará de maneira magica o rumo da roda girante de nossa grande economia.

Aprendam que não será um asno estupido, vestido de terno e gravata que nos explora e que nos vende como carne de porco, tendo ele a premissa falha de nos manter preso sobre nossa própria consciência, sendo ele um chacal que comem e bebem as nossas custas, e vivendo de lavar a própria bunda no giral sujo de sua casa, viva arrotando aos quatro ventos, sobre a lógica materialista de um planalto abcesso, enche o rabo de cachaça e vomite whisky. Ninguém cuida do rabo e ao mesmo tempo de seu povo estando bêbado de burrices.

Não podemos deixar que abutres iguais a estes, vivendo de nossos impostos e vagabundeando alegremente sobre as praças e campinas de Brasília, diga-nos ou exijas-nos em relatos de como devemos viver. A vida é selo sagrado, a nossa própria vida é um regimento inviolável, burla imaterial que infelizmente se perdeu por impropriedades sanitárias, negligencias que ceifaram milhões de vidas, biografias orgânicas, filhos, pais, avós, avôs, crianças, mulheres e homens que se perderam com o vírus. 

Vidas perdidas que ultrapassam os mais de 85.000,00 mortos no Brasil (equivalência valida a data de hoje, 28 de julho de 2020), famílias que não tiveram a liberdade da despedida, o abraço do adeus. Neste sentido, devemos encarrar esta crise sanitária (Covid-19) como uma reflexão profunda de como queremos o nosso futuro e de como devemos ser governados, pois omissão sanitária também é assassinato e genocídio.

 

Abrantes F. Roosevelt, 24 de Julho de 2020



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