Artigo 76 - A Arte de Enjaular Pessoas - Big Brother Brasil
Este livro
narra a história de Winston Smith, homem de meia idade e membro do Partido
Externo. O mundo era dividido em três nações distintas: 1- Oceania (onde
Winston vivia), 2- Eurásia e 3- Lestásia, territórios que se mantinham em
guerra uns contra os outros.
Este foi um ótimo artificio político social pensado pelo escritor para exemplificar o quanto a sociedade era vigiada e controlada pelos grandes e poderosos de sua época. Algo bem familiar para o nosso contexto atual.
E pensando neste
aspecto, qual é o verdadeiro valor dos seres humanos para o mundo de hoje. Qual
é o valor das coisas, produtos, serviços ou dos bens materiais. Qual é o
sentido do consumo, e qual é a verdade que existe por trás do sentido de
estamos vivos. E o mais importante, qual será o preço que pagaremos pela
liberdade individual ou pelo cárcere de nossas próprias coletividades.
Quando olhamos
para a Renascença de Leonardo Da Vinte e de Michelangelo, notasse que
o contexto humano era um evidente contexto a ser preservado e conservado,
estando o valor no ser e não no ter para se alcançar algum êxito social. E o
mesmo existe quando observamos o movimento iluminista, nota-se que para um
cidadão ter algo, ou objetar conquista algo, ele precisava ser primeiramente alguém
como essência para poder ter em existência. Hoje infelizmente para você ser
alguém em existência social, você somente precisara ter algo material para
poder ser alguém existencial na sociedade. E estes elementos estarão presentes
e confidenciados ao dinheiro, ao poder e a posição natural e social de classes.
O Big Brother
Brasil tem levando hoje, (Fevereiro de 2022) aos milhões de brasileiros,
discursões importantes sobre convivência, empatia, caráter e personalidade. A
casa mais Vigiada do Brasil também está sobre os holofotes de discursões
que gravitam a impressão do “papel do gênero” e o seu “comportamento
social” como forma de representatividade preferencial da sociedade, e que
entre muitas perguntas e discursões que estão sendo abordadas, também está: “Qual
é o Verdadeiro Valor das Mulheres em um Mundo Segregado e Violador de Direitos
Universais”.
É claro que o
fato de enjaular pessoas e trata-las como experimento cientifico está neste
contexto assumido um papel puramente acadêmico e experimental, um fato que não
isola a forma animalesca com que tratamos os nossos semelhantes. E mesmo depois
de termos passados pelas guerras púnicas, as cruzadas religiosas e inúmeras outras
batalhas travadas pelos gregos romanos e outros povos bárbaros, ainda não
aprendemos a conviver em harmonia, paz e sossego. O que nos leva há várias
guerras, tanto externas, como as internas. Hoje as segundas, elencadas como as
mais perigosas do mundo.
A espécie
humana sempre adorou guerras, batalhas, conflitos e disputas. E tudo isto consecutivamente
teve entrelaçamentos ao trato do aprisionamento de pessoas que utilizavam-se de
constrangimentos, torturas e humilhações. Os derrotados em guerras quase sempre
eram destinados a trabalhos forçados, a cárceres perpétuos, julgamentos
injustos e a mortes dolorosas e demoradas. Era o castigo dos Deuses impostos
aos vencidos em batalhas.
Estas impressões
de guerra e de encarceramento sempre foram destinadas à nossa própria espécie como
raça dominante da natureza, algo que era imposta também a outros animais e
seres vivos. Isto é um trato social delegado a herança genética dos nossos
ancestrais que aprimoraram as artes da segregação, distinção, separação e
classificação. Um ato que somente produz divisão de classes em suas várias
partes e camadas sociais, promovendo privilégios, criando desigualdades,
apartheids, ódio, fome, guerras e outras atrocidades que apenas se aplica ao
homo sapiens.
As
discriminações, as distorções, as rotulações e as diferenciações que criamos ao
longo do tempo para nos qualificar ou distinguir apenas nos colocaram em
oposições oposta a vida e a vivencia. Uma das principais causas do desmonte da
atual sociedade que tantos observamos, admiramos e construirmos.
E este
desmonte acontece quando classificamos, distinguimos e requalificamos o que
somos dentro da sociedade. Considerando quem é pobre ou rico, quem é negro ou
branco, quem é heterossexual e homossexual, quem é ateu ou religioso, quem é punk
ou sertanejo, quem é homem ou mulher, quem é menino ou menina, quem é gay ou
lesbica ou quem é Norte Americano ou Brasileiro.
É tudo isso nas
mãos de quem não sabe ou não quer entender as devidas distinções destes
inúmeros termos, acaba por ser armas de destruição em massa nas poses de
separatistas, intolerantes, arrogantes, ignorantes e de autoritários. Um perigo
real para a manutenção da paz, ética, convívio, vida e tranquilidade da maioria
dos cidadãos de bem que vivem pacificamente na terra.
Este Reality
Show (Big Brother Brasil) é um sonho de consumo para qualquer psicólogo,
psiquiatra ou neurologista que deseja analisar de perto o comportamento e o
pensamento humano, colocadas em restrita e extrema situações de tensão. Mas por
outro lado é também uma carta em branco para julgar pessoas, detrata-las,
cancela-las, segrega-las e ofende-las de forma gratuita e desonesta.
Entretanto, todos
nós sabemos que isto é um game ou um jogo. Jogado por pessoas reais com
problemas reais. E, portanto, deve ser nulo de julgamentos e ofensas. Por outro
lado, alguns comportamentos exógenos e até alheios aos olhos destreinados dos
milhões de brasileiros que acompanham a saga dos Brothers, algumas condutas, ainda
causam estranheza e perturbação social para alguns poucos brasileiros com
olhares mais treinados e críticos a determinadas posições que estão sendo
tomadas dentro do Reality.
“Um exemplo
disso ficou evidenciado sobre a jogadora “Maria” que vem tratado com
agressividade alguns de seus companheiros de jogo. O pior destes atritos ficou
melhor ratificado entre a Natalia, o Artur e a própria jogadora. Uma das
agressões atingiu o Artur de forma leve (um tapa na testa) e de forma mais
acintosa e agressiva a Natalia, que levou uma baldada (balde) na cabeça na
prova da agua suja. Esta última levando a desclassificação da jogadora Maria.”
“No entanto,
outros comportamentos já vinham sendo observados pela turma da casa e outros
ainda mais peculiares sendo impressa pelos internautas que assistem à programação
do reality. “A Maria do BBB22 também chocou as pessoas após dançar como se
relinchasse feito um cavalo em algumas festas dentro da casa.... Isso mesmo...
A Maria dançou feito a um animal..... Relinchando de pernas por ar e tudo....
Um comportamento nada agradável.... O que me faz pensar.... Será que este
comportamento animalesco agregar algo de positivo para lutar das mulheres... E
que tipo de mulheres estão sendo representadas neste arquétipo....”
“É claro que
se trata de uma dança inofensiva.... Mas o que as outras mulheres do Brasil pensam
sobre dançar feito um “bicho”, o
fato de está quase nua, falar palavrões e de ficar bêbada como um bode em todas
as festas também gerou discursões, negações e concordatas... Mas a esta
pergunta, exige algumas réplicas e treplicas... Regurgitaram alguns
internautas... “Se os homens podem.... As mulheres podem.... Certo....” Mas é aí
que entra um outro dilema universal.... Um discurso que remove o “Dilema da Caverna
de Platão....” que há muito tempo não se colocar velas acessas e sim um canhão
de luz, Ou seja, tentar enxergar nas pessoas o que está expresso apenas em
sombras....”
Atualmente...
“As ideias feministas estão sobre uma penumbra paradoxal que envolve uma linha
tênue que trafega em “exigir respeito... E se comportar com
respeito....” Um problema... Um Dilema.... Um enigma para Platão.... Um
sortilégio para Freud.... Ou um simples tempero para Clarice Lispector e Carolina
Maria de Jesus....
Neste
sentido, “será que as mulheres do século XXI estão abusando do direito de liberdade,
do direito de expressão, do direito de poder ter, ser, pensar, falar e de
exigir o direito de fazer o que quiser... E neste aspecto, vale tudo, pode tudo
e ainda assim pode se exigir respeito sem ter um comportamento respeitoso...”
As mulheres
vêm lutando durante os séculos para adquirirem os mesmos direitos sociais que
os homens sempre tiveram ao longo de sua existência sobre a terra.... E milhões
de mulheres exigem este mesmo respeito como em par de igualdade com os homens.
Estando elas agregadas, acessíveis e dispostas a fazerem tudo o que os homens
fazem em suas vidas sociais, políticas, econômicas e até na vida intimas....
Imitando-os em tudo.... E isto não é um problema.... Trata-se de uma reparação
secular de direitos e é válida.... Mas em alguns aspectos, isto é necessário, e
imperativo e importante a causa das mulheres.... E comportasse igual aos homens
é um sinal de igualdade....
A luta das
mulheres vai além da igualdade periférica que os homens possuem em suas vidas
promíscuas e infames. Tentar se igualar aos homens é querem repetir os erros
que estes abjetas (homem/masculino) do passado elegeram como verdades absolutas
em suas ternas sociedades.
E tentar
imita-los é arriscar-se a REESCREVER as insanidades que foram propagadas e
instituídas por eles durantes séculos. É tornar o feminismo atual e pujante em
uma nova vertente ideológica tão igual ou tão superior ao machismo que antes
existia. E neste sentido é preciso reescrever a história e não a repeti-la.
Muitas mulheres
de nosso passado gélido e quase esquecido, sofreram para que as mulheres de
hoje tivessem um futuro mais auspicioso e prospero. Muitas dessas lutadoras
morreram queimadas em fogueiras ditas como santas, casaram-se contra as suas
vontades para manterem as regras sociais de seu tempo e até foram obrigadas a
viver longe da sociedade, as vezes longe de seus filhos, amores e amigos,
simplesmente por pensarem diferente e por serem contra o pensamento machista de
seu período.
No entanto,
algumas mulheres do nosso presente (século XXI) vêm tentando queimar ou
distorcer o trabalho que libertou as mulheres do cativeiro social criado pelos
machistas de nosso passado tórrido e flagelado. E neste sentido... O que pensar
de uma mulher que dança de maneira tão vil e biltre.... O que falar de um
linguajar inculto e desapropriado... O que falar das roupas vulgares e sem
classe de algumas mulheres que se expõe de maneira desnecessária e vulgar... O
que pensar daquelas que expõem como bride os seus próprios corpos e pêlos...
Algumas
mulheres de nosso tempo (século XXI) escrevem letras musicais que as próprias menosprezam
como seres humanos, letras que as tratam como objeto, letras que as apontam
como de consumo fácil, letras que as implicam como descartáveis e sem valor....
Algo antes escrito apenas pelos Rappers Machistas e sem conhecimento
de valor das mulheres... Mas agora copiado pelas próprias mulheres do meio
artístico.... O que pensar dessas mulheres....
As danças,
estas são as piores possíveis..... Estas as degrada bastante.... Algumas
coreografias as expõem como algo muito fácil e acessível sexualmente.... Algo
do tipo que pode ser comprado em uma esquina e descartado após o consumo.... O
que dizer de algumas mulheres que dançam, cantam e se comportam como cachorras,
cadelas ou como a qualquer outro tipo de animal.... O que pensar dessas poucas
mulheres.... Digam-me mulheres do brasil.... O que pensar....
O que pensar
de uma geração de mulheres que gritam por liberdade, empoderamento e respeito,
enquanto outras poucas, cantam, dançam e relincham feito cavalos. É duro pensar
que mesmo depois de tantas lutas, tantas perdas e de até milhões de mortes, envolvendo
mulheres, MUITAS MULHERES pela luta INCANSAVEL PELA igualdade E RECONHECIMENTO sofram
por uma parcela de pessoas do mesmo gênero que se comportam como parte de UM patriarcado
a pouco tempo extinto DE NOSSO mundo.
E neste
sentido, será que algumas mulheres, ainda se identificam como apenas parte
assessoria do homo sapiens de uma história que se tenta resgatar no tempo das
cavernas neandertais, ou será que muitas destas mesmas mulheres não conseguem
se ver como parte do mesmo homo sapiens modernos e evoluídos que todos deveriam
ser em sua total plenitude e coesão....
As mulheres de
hoje exigem tanto respeito e tantos direitos sociais que se esquecem de como a
conquista destes direitos requerem o mesmo esforço da conservação e preservação
de seus estados naturais conquistado na primavera destes poucos anos do século
XX, ou mesmo à época a queima dos sutiãs ou dos top lesses erigidos em praias
como forma de protesto.
Observando que
a luta feminina honesta não deve ser esquecida e que as poucas mulheres (Anitta
e Luiza Sonza) que ainda insistam em difamar, ridicularizar e segregar as
verdadeiras mulheres deste país não prosperem em suas artes de baixa cunho
cultural e que as suas danças, letras de músicas, linguajar inapropriado,
conceitos ultrajantes, menosprezo ao corpo feminino e outros comportamentos exógenos
e extravagantes, não venham destruí a conquista da maioria das mulheres
brasileiras que ainda luta por seus direitos sociais. Como a lutam por equiparação
de salários de mesmo cargo entre os gêneros (masculino e feminino), ocupação em
mais cargos de liderança e direção nas empresas privadas e órgãos púbicos e
maior espaço na composição política, economia e social das cidades e do campo.
E mesmo que
existam rusgas onde as oposições e as rixas sejam proferidas entre si mesmas (entre
as próprias mulheres), algumas conferidas em brigas ou disputas, agressões e
acusações de maior teor particular, individual ou social, (fato ocorrido entre
duas mulheres pretas e empoderadas como a Natalia e a Maria no jogo da discórdia
do Big Brother Brasil), não se torne uma unanimidade, uma comuna, mais sim uma
exceção.
E neste
contexto, não se deixem mulheres evoluir para a cultura do caos e da igualdade aparente
que os homens possuem em suas conjecturas estruturais, os homens (homens aqui
empregados como gênero) não são os melhores exemplos de humanidade e evolução.
E quando vocês mulheres forem usadas apenas como imagens do símbolo da vontade
e do desejo, estando vinculadas apenas ao campo sexual, lembrem-se que isso é
apenas um aposto para abuso de suas verdades e identidades.
E não se deixem
levar pelo comportamento animalesco de algumas poucas mulheres que simplesmente
se permitem ser comparadas como os bichos... Alguns no sio e outros na sela....
Isto não representa as mulheres.... Algumas dessas mulheres que se expõem sobre
a prateleira dos supermercados da sexualidade depressiva, não tem nada a
oferecer, senão o corpo.
Estas estão
vazias, vaso seco e sem conteúdo. Estas mulheres são como pedaços de carne no
açougue para venda, estas não têm essência, energia ou vida. Estão no campo dos
seres inanimados. E por isso, peço as mulheres de verdade que lutam sobre a bandeira
de suas profissões, mães de família, filhas adoráveis e mulheres de liderança e
empoderamento intelectual feminista, não se deixem execra pela discórdia de
prega o esculacho e a depreciação da imagem feminina.
Mulheres não
são cachorras em baile funk, mulheres não são escravas de casamentos falidos,
mulheres não devem ser mortas por finalizarem um relacionamento derruído, mulheres
não são dançarinas de músicas que as chamem por nomes de bichos e nem devem dançam
feito um destes animais....
A luta de tantas outras mulheres que as antecederam no passado devem ser lembradas, conservadas e preservadas. Mulheres que de fato lutaram de verdade por igualdade devem ser rememoradas, cortejadas, lembradas, vividas e seguidas... E enquanto tiverem mais Marias Firminas, Elzas soares e Clarices Lispector haverá esperança.... Então lutemos para que existam menos Anittas e Luizas Sonzas, seus exemplos não compensam, somente assim o mundo será muito melhor para todas as mulheres....
Abrantes F. Roosevelt, 17 de Fevereiro de
2022
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